Crescimento dos gastos obrigatórios ameaça zerar espaço para investimentos e pode paralisar serviços públicos
Economistas e órgãos técnicos alertam para o risco de um colapso fiscal no Brasil a partir de 2027, caso não haja contenção dos gastos do governo federal.
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O cenário projetado indica que as despesas obrigatórias, como previdência, saúde, educação e salários do funcionalismo, podem consumir quase todo o orçamento da União, deixando pouco ou nenhum espaço para despesas discricionárias, que mantêm a máquina pública em funcionamento.
Segundo relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, já em 2026 há possibilidade de forte estrangulamento orçamentário. Em 2027, a situação poderia evoluir para um “shutdown”, quando faltam recursos para custear serviços básicos, como hospitais, escolas, universidades, bolsas de pesquisa e manutenção de infraestrutura.
- Crescimento dos gastos obrigatórios (previdência, saúde, educação e pessoal);
- Pressão dos precatórios, que voltam a pesar nas contas públicas a partir de 2027 (R$ 70 bilhões previstos);
- Ampliação das emendas parlamentares, que reduzem o espaço fiscal do Executivo;
- Estratégias arrecadatórias como aumento de impostos para compensar despesas.
Economistas divergem sobre a gravidade da situação: alguns acreditam que medidas emergenciais serão tomadas para evitar a paralisação, enquanto outros defendem cortes em vinculações constitucionais e maior disciplina fiscal.
Apesar das incertezas, o consenso é que o país precisa enfrentar o debate sobre contenção de gastos e reformas estruturais. Caso contrário, a situação fiscal pode se tornar insustentável já no início do próximo governo, em 2027.