Operação avança com apreensões de dinheiro vivo, cheques e imóveis de luxo; mais de 3 milhões de aposentados foram lesados
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, 17 de junho, mais dois suspeitos de envolvimento no megaesquema de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS, que gerou prejuízo superior a R$ 2,8 bilhões.
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As prisões ocorreram em Aracaju e Umbaúba, em Sergipe, e fazem parte da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).
Durante a nova fase da operação, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, com saldo expressivo: R$ 35 mil em espécie, R$ 68 mil em cheques e o sequestro de cinco imóveis de luxo, avaliados em cerca de R$ 12 milhões.
A investigação apura um esquema que aplicava descontos ilegais em benefícios do INSS, supostamente para filiação de aposentados a entidades de classe – como associações e sindicatos. O problema é que milhões de beneficiários alegam nunca terem autorizado os descontos.
Segundo dados do INSS e da CGU, mais de 3,38 milhões de pessoas procuraram o instituto para contestar os valores. Destes, 97% afirmaram não ter autorizado nenhuma dedução. Ainda não há um número exato de quanto foi subtraído de forma ilegal.
A PF reforçou que o objetivo é recuperar os valores desviados e responsabilizar os envolvidos. A CGU já recomendou a suspensão das cobranças automáticas nos benefícios, apontando falhas graves nos sistemas de controle e autorização do INSS.
A identidade dos presos não foi revelada, pois o caso segue em sigilo judicial. A expectativa é que novas fases da operação avancem nos próximos meses, com novas prisões e bloqueios de bens.