Comediante foi acusado de propagar preconceito contra diversos grupos minoritários em show divulgado na internet
A Justiça Federal condenou, nesta terça-feira, 03 de junho, o comediante Léo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por disseminar discursos preconceituosos em um show de stand-up realizado em 2022 e divulgado na internet.
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Segundo a decisão, o humorista fez declarações ofensivas envolvendo negros, indígenas, idosos, obesos, homossexuais, portadores de HIV, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência.
O conteúdo chegou a ser removido das plataformas digitais em 2023, após decisão judicial, quando já acumulava mais de três milhões de visualizações.
Além da pena de reclusão, Léo Lins foi condenado a pagar uma multa de 1.170 salários mínimos (referentes ao valor da época da gravação) e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
A Justiça considerou a ampla divulgação do vídeo e a quantidade de grupos atingidos como fatores agravantes para o aumento da pena.
A defesa do humorista ainda pode recorrer da decisão.