Unidade em Campinas terá capacidade para produzir 190 milhões de mosquitos geneticamente modificados por semana
A empresa britânica Oxitec inaugurou em Campinas (SP) uma fábrica inédita, projetada para ser a maior do mundo na produção de mosquitos geneticamente modificados, com capacidade de 190 milhões de insetos por semana. O objetivo é usar os próprios mosquitos para combater doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
Desde 2021, a Oxitec já atua no Brasil com a técnica chamada “Aedes do Bem”, que altera o material genético das fêmeas — responsáveis pelas picadas — para reduzir a população do mosquito. A nova unidade amplia o trabalho com uma segunda tecnologia, usando a bactéria Wolbachia, que impede a multiplicação dos vírus dentro dos mosquitos e interrompe o ciclo de transmissão.
As fábricas funcionam como verdadeiros complexos industriais, monitorando todas as etapas, da alimentação ao controle reprodutivo, antes da liberação dos mosquitos no ambiente. A Anvisa ainda analisa a autorização para início das operações, considerando aspectos de segurança, controle de qualidade e eficácia da tecnologia.
O Ministério da Saúde também tem investido na técnica Wolbachia, que em 2025 está sendo aplicada em 13 municípios, com previsão de expansão para 41 cidades em 2026. A estratégia combina a redução de populações de mosquitos transmissores de doenças com a manutenção do equilíbrio ambiental, oferecendo uma abordagem inovadora no combate às arboviroses.