Com baixa adesão à vacina, país registra aumento de hospitalizações e mortes em 15 estados e no DF
O alerta foi emitido no último boletim InfoGripe, da Fiocruz - Foto: Freepik O Brasil enfrenta um surto de influenza em meio a uma das coberturas vacinais mais baixas dos últimos anos.
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Apenas 35,96% do público prioritário foi imunizado contra a gripe, índice muito abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde. O alerta foi emitido no último boletim InfoGripe, da Fiocruz, que aponta 15 estados e o Distrito Federal em situação de risco ou alto risco para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A maioria dos casos está relacionada à influenza A, responsável por um aumento expressivo nas hospitalizações. De acordo com os infectologistas, a combinação de fatores como baixa vacinação, alterações climáticas e possível mutação viral contribui para o avanço da doença.
Estados como Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Mato Grosso e Pernambuco apresentam os piores índices de vacinação, com coberturas próximas a 30% ou menos. Os idosos têm a maior taxa entre os grupos prioritários, com 38,83%, mas ainda muito distante do ideal. Crianças e gestantes apresentam os índices mais críticos.
A situação preocupa também pela antecipação e abrangência geográfica da epidemia. “Os casos começaram mais cedo este ano e se espalharam por todo o país, não se concentrando apenas no Sul e Sudeste, como era comum”, alerta o infectologista Celso Granato.
Com a temporada de gripe ainda em curso até o fim do inverno, os especialistas fazem um apelo: a vacinação continua sendo a principal forma de proteção. “Ainda dá tempo de se vacinar. Precisamos proteger os grupos mais vulneráveis e evitar um colapso nos serviços de saúde”, reforça Renato Kfouri, vice-presidente da SBIm.
