Confronto ocorreu próximo ao Estádio da Ressacada, sede do Avaí, no dia 18 de outubro
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está apurando o confronto entre torcidas organizadas das equipes do Figueirense e do Avaí, no clássico válido pela Copa Santa Catarina realizado na noite de quarta-feira, 18 de outubro, e estuda medidas a serem tomadas em futuros jogos entre as duas equipes a fim de que sejam evitados novos confrontos.
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O relatório do 4º Batalhão de Polícia Militar - que precisou intervir para dissipar o confronto, tendo, inclusive, um de seus integrantes ferido com gravidade - relata os fatos que levaram ao confronto que ocorreu por volta das 20h, nos arredores do Estádio Aderbal Ramos da Silva (Ressacada), na data do jogo, mesmo reforço do policiamento, especialmente na parte externa do campo.
Consta na narrativa que, embora a venda de ingressos tenha sido baixa para a torcida visitante, por volta de 15 minutos após o início da partida foram avistados três ônibus que transportavam aproximadamente 300 torcedores do Figueirense para o entorno da praça desportiva. Os torcedores desceram dos ônibus próximo ao Trevo da Seta caminharam até o estádio, fazendo uso de toucas e capuz nos rostos para disfarçar a identidade, como também de moletons que escondiam a torcida organizada da qual fazem parte.
No caminho, portando paus e pedras nas mãos, os torcedores, teriam soltado fogos de artifício na direção das residências, veículos e pessoas. Ao se depararem com integrantes da torcida organizada Mancha Azul, do Avaí foi iniciado o confronto, que depois foi controlado e dispersado pela atuação da Cavalaria e da Companhia de Policiamento de Ações Especiais do 4º BPM.
De acordo com a Polícia Militar, os torcedores foram revistados, e em posse deles foram localizados e apreendidos sinalizadores. Já no interior do estádio foram verificados danos ao patrimônio do clube Avaí, em razão de atos de vandalismo no banheiro masculino utilizado pela torcida adversária. Dois suspeitos foram presos na ocasião.
"As situações retratadas são lamentáveis, indicando atos de vandalismo, incitação a violência, entre diversas outras figuras que afetam a segurança dos torcedores e de todos aqueles que circulam no evento futebolístico e seus arredores", considera o Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, que já determinou a notificação dos responsáveis pelas torcidas organizadas que possivelmente atuaram no confronto para que, no prazo de 10 dias, apresentem esclarecimentos sobre o ocorrido.
A partir das respostas, serão discutidas - junto com os demais signatários do TAC - as medidas cabíveis para reduzir a possibilidade desse tipo de situação nos futuros jogos entre os times rivais. Entre as possíveis medidas estão a proibição da presença das torcidas organizadas envolvidas nos estádios ou mesmo jogos com torcida única, entre outras.