Reconhecida mundialmente, ela dedicou a vida à fé e recebeu bênção do Papa Francisco aos 110 anos
Brasil tinha apenas 18 anos como República quando Inah nasceu - Foto: Reprodução O Brasil se despede de um símbolo de longevidade e fé. Morreu nesta quarta-feira (30), em Porto Alegre (RS), a freira Inah Canabarro Lucas, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, aos 116 anos e 326 dias.
:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui
Com seu falecimento, o título passa agora para a britânica Ethel Caterham, de 115 anos, residente em Surrey, na Inglaterra.
Nascida em 27 de maio de 1908, no município de São Francisco de Assis (RS), Irmã Inah viveu em um Brasil que contava apenas 18 anos como República. Frágil na infância, contrariou expectativas médicas e dedicou quase um século de vida à vida religiosa, como membro da Companhia de Santa Teresa de Jesus.
Ela era descendente do General Canabarro, figura histórica da Revolução Farroupilha, e entrou na vida religiosa aos 19 anos. Em 2018, ao completar 110 anos, recebeu uma bênção apostólica do papa Francisco. Sobre o segredo da longevidade, foi clara: “Deus é o segredo da vida. Ele é o segredo de tudo”, declarou à plataforma LongeviQuest.
Torcedora apaixonada pelo Internacional, clube fundado meses após seu nascimento, foi homenageada nas redes sociais pelo “Clube do Povo”, que celebrou sua trajetória marcada pela bondade, fé e amor ao time.
Com a partida de Irmã Inah, o Brasil ainda mantém um posto de destaque na longevidade mundial. O cearense João Marinho Neto, de 112 anos e 207 dias, foi recentemente reconhecido pelo Guinness World Records como o homem mais velho do mundo, após o falecimento do britânico John Tinniswood.
Irmã Inah deixa como legado uma história rara e inspiradora, atravessando três séculos com serenidade, devoção e um testemunho de fé inabalável.
