Ofensiva israelense destruiu alvos estratégicos e provocou reação iraniana com mísseis e drones
As forças armadas de Israel anunciaram neste sábado, 14 de junho, que novos ataques contra o Irã podem ocorrer nas próximas horas, em meio à escalada do conflito iniciado na última quinta-feira, 12 de junho.
:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui
Segundo autoridades dos dois países, 81 pessoas já morreram desde o início dos bombardeios. Na sexta-feira, 13 de junho, Israel lançou uma ofensiva de grande escala, utilizando aviões e drones para atingir instalações nucleares iranianas e eliminar altos comandantes e cientistas ligados ao programa atômico do país.
De acordo com o Irã, 78 pessoas morreram e mais de 320 ficaram feridas nos ataques. O embaixador iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, responsabilizou os Estados Unidos por apoiarem Israel na operação.
Em retaliação, o Irã intensificou sua resposta com drones e mísseis balísticos que atingiram diversas regiões de Israel, incluindo Tel Aviv, onde três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo fontes israelenses.
Tensão cresce no Oriente Médio
Israel justificou os ataques como uma medida preventiva para impedir que o Irã avance na construção de uma arma nuclear, embora especialistas internacionais e o próprio governo dos EUA afirmem que Teerã não estava ativamente desenvolvendo uma bomba no momento dos ataques.
A escalada militar ocorre dias antes de uma reunião diplomática entre Estados Unidos e Irã, prevista para domingo (15), com foco na retomada das negociações sobre o acordo nuclear interrompido desde 2018.
A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos do conflito, que ameaça desestabilizar ainda mais o Oriente Médio e comprometer esforços diplomáticos em andamento.