Ambiguidade sobre arsenal nuclear, doutrina de ataques preventivos e tensões com o Irã alimentam riscos de guerra no Oriente Médio
País mantém postura de ambiguidade e teve um dos maiores gastos militares em 2023 – Foto: Pixabay Israel nunca confirmou nem negou oficialmente deter armas nucleares, mas estima-se que possua cerca de 90 ogivas, segundo a Campanha Internacional para Abolição de Armas Nucleares (ICAN). A postura ambígua faz parte de uma estratégia histórica baseada em sobrevivência e dissuasão, ainda marcada pelas lembranças do Holocausto.
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Não signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, Israel adota a Doutrina Begin, política que permite ataques preventivos a alvos com potencial de desenvolver armas de destruição em massa. Essa postura remonta a 1981, quando Israel destruiu um reator nuclear no Iraque, temendo que o país se tornasse uma ameaça existencial.
Em 2023, Israel ocupou a 14ª posição entre os países com maior gasto militar, investindo US$ 29 bilhões, o equivalente a 14,6% do orçamento do governo, segundo dados do Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz de Estocolmo (Sipri).
A tensão no Oriente Médio se agravou nos últimos dias com o ataque do Irã à base americana de Al Udeid, no Catar, em resposta a investidas dos Estados Unidos. Apesar de o ataque ter sido anunciado previamente e não ter deixado vítimas, o episódio reacendeu o temor de uma escalada regional.
Nas redes sociais, o ex-presidente Donald Trump afirmou que um cessar-fogo entre Irã e Israel entraria em vigor poucas horas após os ataques, mas até o momento, nenhum dos países confirmou oficialmente a trégua.
A situação segue sob forte vigilância internacional, enquanto especialistas alertam para o risco de uma escalada envolvendo potências armadas e alianças estratégicas delicadas.
