Esferas de 400 toneladas serão usadas para gerar eletricidade a partir da pressão oceânica em uma solução limpa, eficiente e duradoura.
O conceito envolve a colocação de esferas de concreto de 400 toneladas a profundidades de até 800 no fundo do oceano - Foto: IA/Divulgação Cientistas alemães estão desenvolvendo uma solução inovadora para o armazenamento de energia: bolas de concreto gigantes, com 400 toneladas cada, submersas a até 800 metros de profundidade no fundo do mar.
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O projeto, chamado StEnSea (Stored Energy at Sea), é fruto de uma colaboração entre o Instituto Fraunhofer IEE e a empresa Pleuger, com apoio do governo alemão e investidores privados.
As esferas são ocas, medem cerca de nove metros de diâmetro e contam com válvulas motorizadas que funcionam como turbinas. O sistema opera com base em um princípio semelhante ao da energia hidrelétrica. Durante períodos de baixa demanda de energia, bombas retiram a água de dentro das esferas, armazenando energia potencial. Quando a demanda aumenta, a água volta a preenchê-las, acionando as turbinas e gerando eletricidade — tudo isso sem resíduos tóxicos ou emissões poluentes.
Além de oferecer uma vida útil estimada de 60 anos, o sistema pode ser instalado em mares e lagos profundos, o que amplia seu alcance global. Locais como Noruega, Japão, Portugal, Brasil e EUA já são cogitados para receberem as primeiras instalações.
Nos EUA, a estreia está prevista até 2026, com esferas sendo submersas perto de Long Beach, na Califórnia. O objetivo é tornar o projeto uma alternativa viável e escalável para complementar fontes intermitentes, como a energia eólica e solar, contribuindo diretamente para a redução das emissões de carbono.
A expectativa é que, no futuro, iniciativas como o StEnSea desempenhem um papel essencial na transição energética mundial, fornecendo soluções eficientes, limpas e duradouras para o desafio do armazenamento de energia renovável.
