Campanha nas redes sociais tenta reforçar imagem do governo federal no combate ao crime organizado após críticas sobre a segurança pública
										Governo Lula gasta R$ 500 mil em propagandas da PEC da Segurança Pública após megaoperação de Castro Foto: Reprodução									O governo federal desembolsou cerca de R$ 500 mil em apenas quatro dias para impulsionar publicações nas redes sociais sobre o combate ao crime organizado. O valor foi pago à Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, entre quarta-feira, 29 de outubro, e sábado, 01 de novembro, segundo informações da Folha de S. Paulo.
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O investimento em publicidade ocorre após a megaoperação contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, que provocou atritos entre os governos federal e estadual. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta recuperar a própria imagem diante das críticas, especialmente após a declaração em que afirmou que “os traficantes são vítimas dos usuários”.
As peças impulsionadas destacam ações do governo na área da segurança pública e fazem críticas indiretas à gestão de Cláudio Castro (PL), governador do Rio. Uma das publicações compara a Operação Contenção com a operação contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis, deflagrada em agosto pelo Ministério Público.
A campanha ressalta que o crime organizado “destrói famílias, oprime moradores e espalha drogas e violências nas cidades”, mas que é necessário atingir o comando das facções.
O material também promove a PEC da Segurança Pública, parada no Congresso Nacional, que propõe constitucionalizar o Susp (Sistema Único de Segurança Pública) e dar à União mais poder de coordenação nas políticas de segurança.
Na sexta-feira (31), Lula enviou ao Congresso o projeto da Lei Antifacção, que prevê aumento de pena para líderes e integrantes de organizações criminosas e a criação de um banco de dados nacional para reunir informações sobre esses grupos.