Feminicídios em SC caem 30% no 1º semestre

Santa Catarina registrou uma redução significativa no número de feminicídios no primeiro semestre de 2025. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) nesta sexta-feira (18), foram 23 casos entre janeiro e junho — uma queda de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o estado contabilizou 33 vítimas.

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Embora o resultado represente um avanço importante, especialistas alertam que os números ainda são alarmantes e que a violência contra a mulher continua sendo um desafio estrutural. Além das mortes, Santa Catarina registrou 49 mil ocorrências de violência doméstica nesse mesmo período, o que representa uma redução de 3,6% em comparação com o ano anterior.

O secretário da pasta, coronel Flávio Graff, ressaltou que a queda nos feminicídios é resultado de um trabalho conjunto entre as forças de segurança e os programas de prevenção, mas destacou que ainda há muito a ser feito.

“É um desafio coletivo. Os homens precisam ter a consciência do respeito e da valorização das mulheres. Nós, enquanto Estado, continuamos fortalecendo as ações para proteger nossas cidadãs”, afirmou o secretário.

Além da queda nos feminicídios e nos casos de violência doméstica, o levantamento da SSP também mostrou redução em diversos outros índices criminais:

- Homicídios: redução de 20,6%, passando de 396 para 314 casos;

- Latrocínios (roubo seguido de morte): queda de 55,6%, de 9 para 4 casos;

- Estelionatos: redução de 3,4%, com cerca de 68 mil registros;

- Roubos: queda de 10,3%;

- Furtos: queda de 5,5%.

Por outro lado, houve aumento nas mortes por intervenção policial, que cresceram 21%. Segundo a SSP, esse dado foi influenciado por uma operação da polícia do Paraná em território catarinense, na região de Garuva, onde houve confronto com criminosos.

Novas ações para mulheres

No início de julho, o governo estadual lançou o Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres, que prevê ações de longo prazo para o enfrentamento da violência de gênero. A meta é instalar 26 novas unidades especializadas em atendimento às mulheres vítimas de violência ao longo dos próximos dez anos.

A medida integra uma política mais ampla de segurança pública que tem como foco a prevenção e o atendimento humanizado, além do fortalecimento das delegacias especializadas.