Estado registra 120 óbitos entre janeiro e novembro;
PRF alerta para riscos ao trafegar em corredores e defende implantação de faixas exclusivas - Foto: Reprodução As mortes de motociclistas nas rodovias federais de Santa Catarina cresceram 22,4% em 2025, segundo dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre janeiro e novembro, 120 motociclistas perderam a vida, contra 98 no mesmo período de 2024, acendendo um alerta sobre a segurança viária no estado.
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Apesar do aumento no número de vítimas fatais, o total de acidentes apresentou uma leve redução, passando de 3.641 em 2024 para 3.590 em 2025. Por outro lado, o número de feridos subiu, chegando a 4.055 neste ano — contra 3.891 no ano anterior.
Entre as rodovias federais mais perigosas para motociclistas em Santa Catarina, algumas se destacam:
- BR-101: registrou 25 mortes apenas nos três primeiros meses de 2025.
- BR-470 (Vale do Itajaí): contabilizou 22 óbitos.
- BR-282: somou 15 vítimas fatais.
- BR-280: registrou pelo menos 11 mortes no período.
O inspetor da PRF, Adriano Fiamoncini, explicou que grande parte dos acidentes fatais ocorre quando motociclistas trafegam entre veículos, nos chamados corredores:
“Ele não morre na colisão, mas após a queda, quando é atropelado por outro veículo”, destacou.
Como medida para reduzir os acidentes, Fiamoncini defende a criação de faixas exclusivas para motocicletas, semelhante ao modelo implantado em São Paulo, que apresentou redução significativa nas ocorrências. Segundo ele, vias de grande fluxo em Santa Catarina seriam candidatas ideais para testes, como a Avenida Beira-Mar Norte, a Via Expressa e trechos da BR-101 entre Biguaçu e Palhoça.
Em nível nacional, as mortes de motociclistas já representam cerca de 40% das fatalidades nas rodovias federais, reforçando a urgência de políticas públicas específicas para este público.
