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Movimentos intensos podem mudar o quadro em SC

Por Cláudio Prisco Paraíso
22/11/2025 - 07h48

Ainda há disputa pelo governo do estado. É isso mesmo. Até poucas semanas atrás, tudo estava meio pacificado nos bastidores da política estadual com a candidatura à reeleição, naturalíssima, de quem ocupa o governo, Jorginho Mello. Também no tabuleiro, uma pré-candidatura que já tem mais de um ano: a do prefeito de Chapecó, João Rodrigues. E a esquerda especulando nomes. A dúvida girava em torno de uma terceira candidatura consecutiva de Décio Lima ou um fato novo dentro do próprio PT, na figura do novo presidente estadual, deputado Fabiano Da Luz.

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Em novembro, contudo, ocorreram muitas conversações e articulações — com intensidade. O quadro pode estar mudando o cenário sucessório catarinense. Não da parte do PL. Ali, a candidatura está posta.

Indigesto

É bem verdade que há problemas envolvendo a corrida ao Senado, quando duas vagas serão preenchidas, tendo em vista a imposição do nome do vereador carioca Carlos Bolsonaro. Saindo do PL, vamos para o PSD.

Sobrando

Tudo levava a crer que o nome seria mesmo o de João Rodrigues. Mas já tem gente achando que é necessário encontrar outra alternativa capaz de, efetivamente, sensibilizar o eleitorado. Um nome mais estadualizado.

Convocação

O atoleiro em que João se enfiou deu margem a especulações, que começaram a convergir na direção do ex-governador de dois mandatos e também ex-senador, Raimundo Colombo.

Fora?

Na semana que se encerra, ele deu uma declaração a uma rádio de Tubarão que passa a sensação de que está fora do embate das urnas de 2026. Disse ele:
“Se as pessoas vão votar só em um número, eu prefiro ficar fora. Me sinto desvalorizado como político e cidadão.”

Histórico

Vale lembrar que, tanto em 2018 quanto em 2022, Colombo disputou o Senado e acabou atropelado. Em 2018, a onda Bolsonaro elegeu ao governo Carlos Moisés da Silva e, para o Senado, Esperidião Amin e Jorginho Mello.

Na trave

O candidato do PSL à Câmara Alta, vinculado ao então candidato à presidência Jair Bolsonaro, foi Lucas Esmeraldino, que ficou a 18 mil votos de Jorginho e a 50 mil de Amin. Depois, em 2022, veio a primeira imposição, goela-abaixo, de Bolsonaro no estado: Jorge Seif ao Senado.

Número

O mesmo Raimundo Colombo, que ficou em quarto em 2018, em 2022 chegou em segundo, mas a 900 mil votos de Jorge Seif, já alistado no PL, o 22. Daí a referência de Colombo ao falar das pessoas votarem em um número.

Nada disso

O lageano não está disposto a uma terceira eleição ao Senado. Até mesmo parece que já vai descartando a possibilidade de concorrer ao governo pelo PSD. Ou seja, o desafio deve sobrar mesmo para João Rodrigues.

Socialistas

As mudanças maiores convergem para a esquerda. Porque o sentimento aponta para uma candidatura conservadora, mas não no PT — e sim no PSB.

Mesa posta

Paulo Bauer, ex-senador e ex-deputado, teve um convescote gastronômico com lideranças do PSB. Além de dirigentes partidários, lá estava também Dário Berger, que já frequentou vários partidos: PFL, MDB, PSDB. Em 2022, chegou em terceiro quando buscou a reeleição ao Senado, ficando atrás de Raimundo Colombo e Jorge Seif.

Convicção

Dário estava filiado ao PSB. Depois da derrota, foi para o PSDB, onde concorreu à Prefeitura de Florianópolis em 2024. Chegou em quarto lugar. Agora admite a possibilidade de voltar para o PSB. Poderia estar sendo costurada uma alternativa de Paulo Bauer ao governo, com um vice do PT e outro petista, Décio Lima, ao Senado, dobrando com Dário Berger.

Dupla

Só que a dobradinha, dessa vez, seria diferente. Em 2022, Dário foi ao Senado e Décio ao governo. No ano que vem, os dois poderiam ir ao Senado, na expectativa de um deles beliscar a segunda vaga, diante da pulverização de candidaturas conservadoras ao Senado, a partir do fato novo da chegada de Carluxo Bolsonaro.

Na berlinda

A grande verdade é que Geraldo Alckmin, vice de Lula, percebe que sua posição pode estar ameaçada para 2026.

Fortalecimento

O paulista pode ser substituído por um nome, por exemplo, do MDB. Então começa a costurar alternativas em todo o Brasil dentro do PSB, partido ao qual está afiliado, para justamente se consolidar. Em Santa Catarina, Alckmin pode ter recorrido a Paulo Bauer, que, como ele, frequentou por longos anos o ninho dos tucanos.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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