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A busca pela sobrevivência em SC

Por Cláudio Prisco Paraíso
19/11/2025 - 08h13

O ano ainda não terminou, mas, as especulações estão a mil com vistas ao processo sucessório de Santa Catarina em 2026. No embalo da desarrumação provocada por Jair Bolsonaro ao enfiar seu filho Carlos para concorrer ao Senado pelo PL, considerando que isso está criando dificuldades para o governador Jorginho Mello fechar a sua chapa majoritária, se observa outros partidos buscando alternativas.
Vamos começar na seara Conservadora.

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A pré-candidatura do prefeito Chapecó, João Rodrigues, está na estrada há mais de um ano e não consegue ficar de pé. Ele está, a partir do dia 25, desencadeando roteiros regionais pelo estado. Em dezembro o seu PSD fará uma reunião estadual em São José. A se observar. A verdade, no entanto, é que o alcaide chapecoense segue patinando. Seu projeto não ganhou consistência.
Também por isso, pelos bastidores já se fala na possibilidade do retorno de Raimundo Colombo. Ele ainda está afiliado no PSD. Foi duas vezes governador, senador, deputado estadual, federal, três vezes prefeito de Lages. É um nome que já foi testado nas urnas.

Currículo

Colombo coleciona cinco participações majoritárias. As três primeiras foram bem-sucedidas. Importante lembrar que nas três o pessedista foi respaldado pelo MDB, especialmente na figura de Luiz Henrique da Silveira. O pessedista elegeu-se senador quando Luiz Henrique buscou a reeleição em 2006. LHS apoiou Raimundo Colombo ao governo em 2010 e na reeleição de 2014.

Histórico recente

Nas últimas duas eleições ele concorreu ao Senado, em 2018 e 2022. E bateu na trave. Mas é um nome conhecido. Dispõe de uma trajetória de estadualização, diferentemente de João Rodrigues, um nome restrito a Chapecó, quando muito ganhando alguma abrangência no Oeste.

Regional

O prefeito foi apenas deputado estadual e federal. Está no quarto mandato de prefeito. Contudo, nunca disputou uma majoritária em Santa Catarina.

Sem chance

Paralelamente a essas conversas de bastidores no contexto do PSD, as especulações também avançam na esquerda, que já se convenceu que não tem a menor chance de ganhar eleições ao governo em Santa Catarina.

Pulverização

Em 2022, pela primeira vez o PT, com Décio Lima, chegou ao segundo turno. Marca que só foi possível pela presença de cinco candidaturas conservadoras à época. Na divisão, o petista conseguiu, por uma pequena margem, chegar na grande final. No segundo turno o resultado foi revelador: Jorginho Mello com mais de 70% e Décio não chegando à casa dos 30%.

Aleluia

Ou seja, a esquerda não se cria em Santa Catarina. Ainda mais agora que Décio Lima está muito animado com a hipótese de concorrer ao Senado. Até porque, diante de uma eventual pulverização de candidaturas, a esquerda tem, sim, chance de beliscar a segunda vaga.

Chances

Na eventualidade de quatro candidaturas conservadoras ao Senado, aí a esquerda entra no jogo, com chances reais, indiscutivelmente.

Versão local

Se, por um lado, Décio está inclinado por isso, por outro tem uma movimentação que vem de Brasília, na figura do vice-presidente, Geraldo Alckmin, que deseja lançar Paulo Bauer, ex-vice-governador, ex-senador, deputado estadual e federal, como candidato do PSB ao governo.

Ex-correligionários

Bauer já foi correligionário de Alckmin nos tempos do PSDB. Os dois frequentaram o ninho dos tucanos. Paulo Bauer informa que não foi sondado, mas não descarta. Ao não descartar, admite a possibilidade e seria uma candidatura de perfil conservador, abrigado em um partido de esquerda.

Repeteco?

Teríamos, curiosamente, um novo embate entre Bauer e Colombo, que se enfrentaram na reeleição do lageano, em 2014, quando ele levou no primeiro turno por menos de 1,5%.

Tripé

Claro que em 2026 teria o fato novo, que é a candidatura natural à reeleição do atual governador Jorginho Mello. Mas, seriam três candidaturas de perfil conservador, mas duas delas, hoje, posicionadas como opções de direita.

Carona

E a terceira, de alguma maneira, querendo pegar uma carona no perfil do eleitorado catarinense, mas, colocada no ambiente ideológico da esquerda.

A prisão de Bolsonaro

Por Cláudio Prisco Paraíso
18/11/2025 - 08h08

É aguardada para qualquer momento, a partir desta segunda-feira, a execução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, que inclusive já visitou a Papuda, em Brasília. Tudo leva a crer que ele será encaminhado para o presídio, mas para ficar um, dois meses no máximo, para, na sequência, cumprir prisão domiciliar.

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É uma maneira de Moraes se vingar de Bolsonaro, que, quando presidente, o afrontou, atacou e espezinhou. Seria o tradicional troco. Claro que, com tudo isso se efetivando, resta saber qual será a reação — tanto do governo americano, com Donald Trump à frente, quanto da sociedade brasileira. Haverá comoção, haverá reação? O asfalto será eventual ou circunstancialmente ocupado? O colunista, particularmente, não acredita nessa possibilidade. Já com o julgamento e a condenação do ex-presidente a 27 anos, o silêncio foi absoluto.

Acuados

Hoje temos uma população amedrontada, diante das decisões prolatadas por esse cidadão, que merece o apoio de seus pares da primeira turma do Supremo. Em algumas oportunidades, ganhou respaldo da maioria dos colegas de plenário.

Sem sinal

Não se observa nenhuma perspectiva de movimento capaz de demonstrar solidariedade a Jair Bolsonaro. Com relação aos Estados Unidos, aí sim pode vir um recrudescimento de medidas em relação ao próprio Alexandre de Moraes ou ministros do Supremo. Nem vamos entrar na questão do tarifaço, mas o foco pode ser mais no sentido de sanções pontuais.

Expectativa

Em relação a Alexandre de Moraes, é colocar em prática as sanções aplicadas. Sim, porque todos sabemos que os bancos continuam operando normal e naturalmente com o ministro do Supremo. Está faltando aquela cartinha da Secretaria do Tesouro americano comunicando os bancos para o cumprimento.

Multas

Superada essa etapa, transcorrido um mês, não havendo o cumprimento, aí vêm aquelas multas bilionárias em dólar contra os bancos — como já aconteceu com várias instituições financeiras mundo afora.

Reflexos

Muito bem, e nessa situação de fechamento do ano, com a virada para 2026, nesse contexto de Bolsonaro preso — seja inicialmente na Papuda ou, no segundo momento, em prisão domiciliar — qual a influência que isso terá no pleito de outubro? Essa é a grande incógnita. As pesquisas mostram saturação em relação à polarização.

Esgotamento

O brasileiro não quer mais saber desse enfrentamento entre lulismo e bolsonarismo. A grande verdade é que existe fadiga de material. Lula mesmo está aí na ribalta política há mais de cinco décadas.

Estrada

Já como líder sindical tinha certo protagonismo. Bolsonaro está na estrada há uns 40 anos, mas com maior projeção mais recentemente. De modo que o Brasil deseja, a partir de 2026, caras novas. Essa é a grande verdade.

Claudicando

Com Bolsonaro imobilizado, a perspectiva da reeleição de Lula torna-se cada vez mais improvável. Não só porque ele é uma figurinha manjada e associada à corrupção, mas também porque o governo vai muito mal sob o aspecto econômico e está completamente perdido no que diz respeito à segurança pública — onde mais parece um parceiro da criminalidade do que efetivamente interessado em combatê-la.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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