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Deu a lógica

Por Cláudio Prisco Paraíso
18/10/2025 - 08h12

Era grande expectativa do governo Lula para o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio.

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O Palácio do Planalto apostava todas as fichas, na medida em que Trump foi tão generoso com Lula na Assembleia Geral da ONU.
O norte-americano disse que gostou de se encontrar com ele. Depois, também, na conversa virtual, o clima foi muito amistoso.
Trump, então, após afagar a deidade vermelha, encaminhou o assunto para o secretário de Estado, que é filho de cubanos.
Rubio marcou sua atuação no Senado como um fervoroso crítico das esquerdas.
Registramos aqui que não dava para esperar lá grandes coisas para o Brasil tendo Marco Rubio na condução, apesar de toda a lorota da mídia velha, esquerdista e vendida.
Até porque a posição do governo americano não mudaria de uma hora para outra.
Ainda mais depois que Donald Trump escalou Rubio e não o secretário do Tesouro, que seria a solução natural.

Culpado

Aliás, secretário esse que na véspera do encontro, junto com outra figura do primeiro escalão do governo dos EUA, foi muito claro.
Falaram da censura, da falta das liberdades, das sanções arbitrárias do Judiciário brasileiro.

Burros n’água

O próprio Trump, lá atrás, na carta que enviou a Lula, havia deixado claro que havia questões políticas sérias, como a intromissão do STF em assuntos relacionados aos Estados Unidos, a empresas, a cidadãos americanos, com decisões despropositadas e interferindo na autonomia americana.
Mas, muito bem, o que ocorreu ontem?
Aquilo que vaticinamos: absolutamente nada.

Na conta dele

Na véspera, o secretário do Tesouro e seu colaborador deixaram claro: dos 50% de tarifa aplicadas ao Brasil, 40% tinham uma vinculação política, e apenas 10% no contexto econômico comercial.

Embretando

Só que o Rubio deixou os 50% a serem discutidos pelos governos brasileiro e americano, condicionados, os 50%, a uma nova postura do Brasil, especialmente do Supremo Tribunal Federal.
Até porque, na conversa de Lula com Trump, ele não apresentou nada, não fez uma contraproposta econômica comercial, também por não ter a menor estatura moral ou preparo intelectual para tanto.

Porta-voz

Ao contrário, ele pediu que fossem suspensas as sanções contra ministros do seu governo e do Supremo.
Não só em relação aos vistos derrubados, mas, também, às sanções a Alexandre de Moraes e à sua família.

Hã?

Trump nem respondeu.
Fez cara de paisagem.
Rubio agora escancarou como vai funcionar o baile: só tem negociação quando a situação no Brasil for reavaliada.

Tábua de salvação

Ou seja, um governo estrangeiro, é bem verdade que um dos governos mais democráticos do planeta, e também a maior potência econômica, política e bélica. Mas abstraindo isso, o Brasil está nas mãos de alguém, ou de um governo, ou de uma circunstância externa, porque aqui não tem saída.

Marionete

Estamos em meio a uma ditadura do Judiciário, ditadura togada.
Lula, guindado da cadeia diretamente à cadeira de presidente, é um preposto, um submisso ao Supremo.

Seu lugar

Registre-se que esse cidadão deveria estar até hoje no xilindró, de onde nunca deveria ter saído.
O STF o descondenou, restabeleceu seus direitos políticos, e ainda ajudou a elegê-lo de maneira acintosa, tendenciosa, parcial e capiciosa.
Tendo, ainda, a contribuição do governo Biden, que antecedeu a Trump.

Supremas togas

Segue a ditadura do consórcio Planalto-Supremo, mas em que a palavra final é dos ministros do Supremo.
Lula é um fraco, é um vassalo que deve favor ao Supremo. Eis a grande realidade.
E o governo americano sabe disso.

Desprezível

Mesmo assim, sua excelência descondenada só está pensando em reeleição, e o país caminhando para o abismo econômico, financeiro e social, em meio à irresponsabilidade de uma figura abjeta como é o atual inquilino do Palácio do Planalto.

Proforma

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, divulgaram uma nota conjunta afirmando que mantiveram “conversas muito positivas sobre comércio” e que vão trabalhar para viabilizar uma reunião entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e presidente norte-americano, Donald Trump (Republicano), “o mais breve possível”.

Pra torcida

Tudo muito lindo no papel e para o público externo. Na prática, contudo, nada mudou. Segue o tarifaço de 50% e as informações é de que as sanções a autoridades brasileiras não serão retiradas. Muito pelo contrário, a tendência é de endurecimento. Ou seja, os EUA fazendo o velho, mas eficaz, jogo do morde e assopra.

Completamente sem rumo

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/10/2025 - 08h02

Tudo leva a crer que o governo, o presidente Lula e o PT andam preocupados com o quadro nacional, sobretudo no contexto eleitoral de 2026. Só isso para explicar os recentes movimentos governamentais e partidários.

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Senão vejamos. A semana começou com a ministra Gleisi Hoffmann anunciando o desembarque de vários ocupantes de cargos federais vinculados ao PP e ao União Brasil, que formam a Federação União Progressista, mas, também, do Republicanos, do PSD e até do MDB. Isso na segunda-feira.
Na terça, Gleisi veio novamente dizendo que a limpeza será profunda e que não terá tréguas para aqueles que não estão a respaldar o governo. A reação foi imediata. Das bancadas citadas, e do Centrão como um todo. Na mira estão pautas que vão ser colocadas em discussão e votação, que não interessam ao governo, como, por exemplo, a anistia.

Carga

Outras matérias de interesse do Palácio do Planalto, com risco de derrota, assim como ocorreu na Medida Provisória que objetivava produzir receita para 2026 ao governo, criando vários impostos.

Batendo pino

Não bastasse esse clima adverso no Congresso, Lula da Silva se superou e fez uma declaração que vai dar muito pano para manga, especialmente na próxima semana, quando Congresso terá uma pauta repleta de votações. A fervura tende a subir.

Nas redes

Na quinta-feira a repercussão foi considerável, mesmo com parlamentares já retornando aos seus respectivos estados. Lula disse que esse é o pior Congresso que ele já viu e deu essa disparada, essa criticada, diante do Presidente da Câmara, em um evento em homenagem aos professores no Rio de Janeiro.

Elogios

Ali, aliás, Hugo Motta chegou e já foi vaiado no embalo do coro sem anistia. Na sequência, Lula falou isso na cara do Presidente da Câmara.

Boca de siri

Motta nada disse, calou-se, silenciou, mergulhou. Vejam só. Ele será cobrado por seus pares por não ter reagido. Pelo menos fisionomicamente ou se retirando do recinto. Se apequenou.

Fraco

Registre-se que ele já não vem dando conta do recado. Quem, na verdade, continua pilotando a Câmara dos Deputados é o seu antecessor, que foi quem o colocou na cadeira, Arthur Lira.

Desespero

A sensação que fica, com esses dois movimentos, as demissões e essa declaração presidencial, é que o desespero pode estar batendo, diferentemente dessas pesquisas encomendadas e do comportamento chapa branca da mídia velhaca e vendida, em sua esmagadora maioria no plano nacional.

Realidade

Apesar disso tudo, nas internas os petistas devem ter informações preocupantes, porque nada explicaria um disparate dessa envergadura de Lula da Silva.

Marco

Importante se ter em mente que isso pode ser um divisor d’águas. Já ingressamos na segunda quinzena de outubro, com o fim do ano batendo às portas. Logo chegará o Natal, depois a virada do ano, o Carnaval, na metade de 2026 tem a Copa do Mundo e eleição.

Contra o tempo

Portanto, é um período curtíssimo para deputados se atrelarem a um governo caindo, literalmente, pelas tabelas. O Brasil voltou. Com a crise econômico-financeira sem precedentes e lembrando a de Dilma Rousseff em 2016, quando ela restou impedida.

Deidade

Lula não corre o risco de ser cassado. Os esquerdistas e petistas que fiquem tranquilos quanto a isso, mas esses dois movimentos de demissões e essa declaração de Lula nos lembra quando Dilma Rousseff resolveu lançar um candidato do PT contra Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara. Ali ela selou o seu futuro. E muito provavelmente Lula está caminhando na mesma direção da pupila.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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