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Nau à deriva

Por Cláudio Prisco Paraíso
20/12/2025 - 08h05

O Brasil está literalmente sem rumo. Temos criticado muito, ultimamente, o Poder Judiciário na figura do Supremo Tribunal Federal, corte que tem se especializado em decisões monocráticas, injustas, no abuso de poder, em encaminhamentos visivelmente arbitrários, enfim, sempre de forma seletiva.

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Aos amigos do poder, vista grossa. Àqueles que são tidos como inimigos, os rigores da lei — e mais do que isso — sempre afrontando a Constituição. As supremas togas avançam o sinal e transformam o país em um verdadeiro caldeirão. Tanto é assim que pesquisas mostram que a rejeição, a desaprovação do STF, é maior do que a do Congresso Nacional. Algo jamais imaginável.

Em qualquer país do mundo, sequer institutos de pesquisa realizam avaliação do desempenho do Judiciário, porque nos Estados Unidos e nos países da Comunidade Europeia, o recato e a discrição prevalecem no comportamento dos juízes e magistrados, diferentemente do que ocorre aqui.

Vergonha

Neste país, eles são figuras políticas, figuras públicas, que vivem se manifestando, dando entrevistas, conferências, palpitando, dando pitaco em tudo, se metendo em áreas que não lhes cabem e usurpando atribuições de outros Poderes, como o Executivo e, especialmente, o Legislativo.

Dupla

Por falar em Legislativo, na quinta-feira à noite, o presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu pela cassação de Eduardo Bolsonaro e do delegado Ramagem.

Fora

Ambos buscaram um autoexílio nos Estados Unidos, porque estavam sendo perseguidos pelo ministro Alexandre de Moraes, que os tem como refugiados.

Motivação

Por que fez isso Hugo Motta? Porque, na votação de Carla Zambelli, que ele imaginava seria cassada, isso não ocorreu. Depois, preliminarmente por decisão de Moraes e, em seguida, na Primeira Turma, o Supremo tratou de ratificar, confirmar a cassação.

Convencimento

Então, Motta teve que convencê-la a renunciar ao mandato para evitar um enfrentamento entre dois Poderes.

Prevenção

Para não ser novamente surpreendido, o deputado resolveu sequer levar o assunto ao plenário, que é absolutamente soberano. As grandes decisões são do plenário.

As reações serão inevitáveis, especialmente da oposição, mas a grande verdade é que Hugo Motta está mais perdido do que cego em tiroteio.

Ninguém gosta

Sempre tentando dar uma no cravo e outra na ferradura. Fazer média com a oposição e, depois, com o governo. Querendo agradar gregos e troianos, Motta acaba desagradando a todos.

Fraco

Ele tem sido um péssimo presidente da Câmara. Já no Senado, Davi Alcolumbre demonstra firmeza na condução, mas é uma figura cuja trajetória deixa um verdadeiro rastro de destruição pelo caminho, extremamente vulnerável, inclusive sob o aspecto ético e moral.

Fanfarrão

Como não gostou da escolha de Lula da Silva para substituir Luiz Roberto Barroso no STF, Alcolumbre acabou desencadeando uma verdadeira batalha, uma guerra contra o governo. Lula optou por Jorge Messias, um radical, extremista de esquerda, advogado-geral da União.

Moeda de troca

O presidente do Senado, por sua vez, queria seu antecessor, o senador Rodrigo Pacheco. A dosimetria foi aprovada no plenário, mas, logo na sequência, o Senado, de forma escandalosa, aprovou novas iniciativas do governo no campo econômico, com mais impostos e taxações.

Foi por isso que tantos senadores governistas fizeram corpo mole na votação da dosimetria.

Feliz Natal

A explicação está aí. Depois da dosimetria, a meta era aprovar essas matérias — e assim ocorreu também na Câmara dos Deputados. No apagar das luzes, na madrugada, no final dos trabalhos, antes do recesso, veio o presente de Natal ao trabalhador, ao empresário, a quem verdadeiramente faz este país andar: a aprovação de novos impostos, impondo aos brasileiros de bem ainda mais encargos tributários.

Feliz 2026!

Ele só pensa naquilo

Por Cláudio Prisco Paraíso
19/12/2025 - 08h01

Ao longo do ano de 2025, Lula da Silva deve ter convocado três ou quatro reuniões ministeriais. Uma delas foi nesta quarta-feira, em Brasília, para o fechamento do ano.

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Claro que todos estavam aguardando uma abordagem de avaliação do governo, os desafios enfrentados, as metas alcançadas, aquilo que foi prioridade, como anda a situação econômico-financeira do Brasil,  e tudo mais. Negativo.  Nenhuma palavra sobre o país e como está se comportando o governo no contexto administrativo.
Não, foi uma reunião exclusivamente política, voltada à projeção eleitoral, apreciando também o aspecto partidário. Ali não estava o presidente no exercício do mandato, estava alguém que vai assumir a recandidatura, buscando a reeleição e o quarto mandato.

Porradas

A deidade vermelha distribuiu alfinetadas e críticas aos colaboradores, pedindo também, em tom de exigência, definições com quem ele vai efetivamente contar na campanha do ano que vem.

Quinteto

Sim, porque há ministros do MDB, do PSD, do PP, do União Brasil e DV vo Republicanos. Nestas cinco agremiações as direções nacionais sinalizam claramente que não estarão com Lula da Silva.

Do contra

Muito ao contrário, estarão com aquele que for escalado para enfrentá-lo. Então ele quer uma definição.
Não vão continuar no governo se não forem solidários, fiéis e engajados no projeto de recondução.

Blá blá blá

Lula da Silva reclamou muito da comunicação, que tudo que o governo está fazendo (?) não está chegando à população, a sociedade não estaria tomando conhecimento das ações do governo. Ou seja, o petista se comportou exclusivamente como um candidato e não como um presidente.

Câncer

Aliás, isso vem ocorrendo ao longo desses três anos. Aí está o malefício da famigerada reeleição, expediente que precisa ser derrubado, seja para presidente, governadores ou prefeitos. O cidadão assume já pensando no outro mandato, e não numa gestão eficiente que chegue à ponta.

À deriva

E quem é a ponta? O eleitorado, o cidadão brasileiro. Efetivamente,  não dá para esperar mais nada dessa gente, desse grupelho de esquerda que só pensa em se perpetuar no poder.

Venezuelização

A sensação que passa é que eles desejam terra arrasada, querem acabar com o país, querem destruir a economia, querem quebrar as empresas, para que todos, assim como já acontece com boa parcela da população, dependam do governo.

Peso extremo

Inclusive o empreendedor, o empresário. Só ficam intactos os banqueiros,  que são muito bem tratados pelo governo, pelo presidente que se apresenta como o pai dos pobres, que está enfrentando as riquezas, as fortunas, e os banqueiros. Tudo mentira, dissimulação pura. É muito descaramento.

Abismo

O país caminha a passos largos em direção ao precipício. Vamos citar apenas um número,  jamais visto na história do país. Estamos fechando o atual exercício com 8 milhões e 700 mil empresas no vermelho,  com dívidas, renegociando os débitos, sem liquidez. Nada mais nada menos do que 8 milhões e 700 mil. Por quê?  Imposto em cima de imposto.

Sem limites

É o governo, com toda a sua voracidade, querendo arrecadar cada vez mais. E cada vez mais está gastando. Mas gasta muito mal. Gasta com a máquina. E gasta com a corrupção em detrimento da economia e do povo brasileiro.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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