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Embocadura nacional

Por Cláudio Prisco Paraíso
12/10/2024 - 08h58

Assim como Jair Bolsonaro esteve em Santa Catarina esse ano, em pelo menos umas três oportunidades e especialmente na última, quando percorreu sete municípios na reta final da campanha eleitoral, agora ele deseja a contrapartida de Jorginho Mello.

É isso mesmo, o PL está disputando o segundo turno em nove capitais e também com candidaturas em outros municípios com mais de 200 mil eleitores, algo em torno de 20 cidades.

E o que deseja Jair Bolsonaro do governador catarinense? A presença dele, de alguma maneira, ajuda e fortalece candidaturas em vários municípios, em várias capitais, como, por exemplo, Belo Horizonte, Goiânia, Fortaleza e por aí vai.

O sentimento da direção nacional do PL é de que os governadores podem ajudar nessa grande mobilização. Os mandatários estarão sendo chamados a participar, sobretudo nos finais de semana. Até para não comprometer a agenda administrativa de cada qual no exercício do cargo.

Ainda mais Santa Catarina. No estado, o PL elegeu 90 dos mais de quinhentos prefeitos do partido no Brasil. Ou seja, são quase 18% dos eleitos em primeiro turno pelo Partido Liberal.

No topo

Foi o melhor resultado entre os liberais. Disparado. Por isso, Waldemar da Costa Neto, presidente nacional do partido, já combinou uma visita a Jorginho Mello em Santa Catarina. Agenda que vai acontecer depois do segundo turno para justamente buscar informações e saber como se deu a façanha e a proeza de um resultado tão expressivo. Afinal de contas, na última eleição, o PL elegeu pouco mais de uma dúzia de prefeitos.

Mais de 300%

Depois de Jorginho Mello como governador, o PL cresceu. Já tinha 26 prefeituras e agora deu um salto para 90. Pela primeira vez, o MDB é desbancado da posição de maior partido catarinense. Desbancou o MDB e abriu 20 prefeituras. E com um detalhe, o MDB só ganhou em Jaraguá do Sul, considerando as 13 maiores cidades catarinenses. O resto, no pequeno e médio porte.

Barba, cabelo e bigode

Já o PL venceu em cidades de pequeno, médio e grande porte. Entre as 13, elegeu cinco prefeitos. No Vale, o partido conquistou Blumenau, Itajaí e Brusque.

Mais dois

No Sul, os liberais passarão a comandar Tubarão. Na Grande Florianópolis, a conquista foi em Palhoça. Só que, na Grande Florianópolis, também entra na contabilidade a vitória esmagadora de Topázio Silveira Neto. O mesmo vale para a capital da Serra, Lages, com Carmen Zanotto. Então foram sete de 13, mais da metade.

Desempenho

Se ampliarmos o leque, olhando para os 30 maiores municípios catarinenses, o PL fez 15 prefeituras. Somando-se Topázio e Carmen, esse número vai a 17. O segundo colocado entre as 30 é o PSD com 6, mesmo número do MDB.

Voando

Jorginho Mello está prestigiado junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e também junto à direção nacional. Isso coloca o partido em um outro patamar.

Na proa

E pode fazer com que, sem dúvida nenhuma, daqui pra frente, Jorginho Mello esteja no circuito nacional das grandes articulações liberais pilotadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo presidente nacional, Waldemar da Costa Neto.

O futuro do MDB

Por Cláudio Prisco Paraíso
11/10/2024 - 07h14

A bancada estadual do MDB reuniu-se, esta semana, em Florianópolis, para fazer uma avaliação do resultado das eleições.

O tradicional almoço das terças-feiras também serviu para balizar como os parlamentares, em número de seis, se comportariam em relação ao governo Jorginho Mello daqui para a frente.

Afinal de contas, em vários municípios, o PL, presidido pelo governador, acabou, de alguma forma, subtraindo e conquistando prefeituras que pertenciam ao MDB.

Os liberais também acabaram se sobressaindo, mesmo em cidades em que a sigla apresentava boas perspectivas. Realidade que acabou gerando um certo mal-estar nas hostes do Manda Brasa.

O MDB, vale lembrar, é o maior partido de Santa Catarina desde 1982, ano que marcou o restabelecimento das eleições diretas aos governos estaduais.

O partido nunca deixou de ser aquele que controlou o maior número de municípios, que comandou o maior número de prefeituras catarinenses. Supremacia que chega ao fim a partir de 1º de janeiro, na medida em que o PL elegeu 90 prefeitos contra 70 do MDB.

História

Ao longo de todo o período, desde 1982, a queda-de-braço dos emedebistas foi contra o PDS, que depois virou PPB, PPR e hoje é PP progressista. Mas nunca o MDB deixou de ter o controle da maior parte das prefeituras.

Segue o baile

Voltando ao pós-eleições de 2024. O MDB discutiu a sua relação com o governo Jorginho Mello. A priori sem nenhuma mudança. Tanto é que nessa quarta-feira, 9, o deputado licenciado Jerry Comper reassumiu a Secretaria de Infraestrutura.

Bancada

Comper é um dos seis integrantes da bancada estadual. Jorginho Mello, ainda antes das eleições, tentou levar o também deputado Antídio Lunelli para a Secretaria da Agricultura. Ele declinou do convite.

Objetivo

Tudo leva a crer que o governador ainda não desistiu de contar com a presença de Lunelli no colegiado. Conversações vão prosseguir nessa semana, nos próximos dias, no sentido de ampliar o espaço do MDB no governo. Até porque não é segredo para ninguém que Jorginho deseja ter o partido como aliado no seu projeto de reeleição de 2026.

Oposição

Na outra ponta, o MDB também é assediado pelo PSD, partido que elegeu prefeitos não em número muito significativo, foram apenas 41. Porém, a sigla comanda cidades estratégicas como Chapecó, Criciúma e São José.

Quinteto

Nessas três cidades, dois prefeitos foram reconduzidos: Chapecó e São José. Em Criciúma, Clésio Salvaro elegeu Vaguinho Espíndola. Teve também a eleição de Juliana Pavan em Balneário Camboriú e do seu pai, o ex-governador Leonel Pavan, na cidade de Camboriú.

Logo ali

Jorginho Mello deseja também estar próximo do MDB considerando as eleições para a nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, eleição que vai ocorrer no próximo dia 1º de fevereiro.

Dois presidentes

A ideia é dividir o mandato. O primeiro ano para o MDB e o segundo para o PL do governador. São conversações no ambiente partidário, governamental, que também vão, de alguma maneira, acontecer como repercussão das eleições municipais do último domingo.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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