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Técnicos “maribondos” e recalcados expõem a decadência da velha escola brasileira

Por Fabiano Bordignon
05/11/2025 - 15h14

As declarações de Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira contra a presença de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira reforçam o retrato decadente de parte dos treinadores brasileiros - e também da dificuldade de alguns deles em aceitar o próprio fracasso.

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Durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, na sede da CBF, na noite da última terça, 04 de novembro, os dois não se constrangeram em criticar a presença de técnicos estrangeiros no país, mesmo diante do multicampeão italiano. Um verdadeiro show de recalque. 

Leão, em tom rancoroso, disse “não gostar de técnicos estrangeiros no meu país”, como se o futebol tivesse fronteiras. Já Oswaldo, com ironia, desejou que “depois de ser campeão, Ancelotti dê lugar a um brasileiro”. Fica a impressão de que, por trás da fala, há mais amargura do que amor à bandeira.

O fato é que a resistência a treinadores estrangeiros só escancara o quanto muitos profissionais brasileiros ficaram presos ao passado. Enquanto o futebol mundial evoluiu, parte dos nossos técnicos se manteve em discursos obsoletos e resultados medíocres. A presença de Ancelotti - com sua bagagem - deveria servir de inspiração, não de incômodo.

No fundo, as reações azedas de Leão e Oswaldo soam como o zumbido de maribondos. Se há algo que precisa ser “100% brasileiro” hoje, é a autocrítica. Se Ancelotti será campeão ou não, o tempo dirá. O que já dá para afirmar é que tentar desmerecê-lo é uma atitude mesquinha e sem caráter.

Antes da onda Bolsonaro, alguém conhecia Ana Campagnolo e Caroline de Toni?

Por Fabiano Bordignon
05/11/2025 - 08h15
Ana Campagnolo e Caroline de Toni - Foto: Reprodução

Não que eu seja a favor da candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, mas é importante fazermos um breve retorno no tempo. Vocês se lembram quem eram Ana Campagnolo e Caroline de Toni antes de se elegerem na onda Bolsonaro? Pois é. E não foram apenas elas - poderíamos citar uma penca de nomes, um verdadeiro balaio de siri que surgiu embalado pela força do ex-presidente - até mesmo uma deputada do Sul do Estado que gosta de uma "confusãozinha".

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A verdade é que Jair Bolsonaro deu vida política a muitos candidatos que, até então, eram praticamente desconhecidos e insignificantes no cenário eleitoral. Por isso, é natural que ele queira agora apoiar pessoas próximas, inclusive seus filhos, em novas disputas. É um movimento legítimo dentro da política.

No entanto, a direita em Santa Catarina precisa agir com mais humildade e serenidade. O momento exige menos vaidade e mais diálogo. Invadir territórios ou impor candidaturas não é uma boa estratégia - pode, inclusive, rachar ainda mais o partido. 

A melhor saída para esse impasse é buscar o equilíbrio. Com calma e sabedoria, será possível construir um projeto sólido, que preserve a unidade da direita e mantenha viva a força que o eleitor catarinense já demonstrou nas urnas.

Fabiano Bordignon

Blog do Bordignon

Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.

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