A impressão que tenho, especialmente no nosso Estado, é de que estamos vivendo na Venezuela — não de forma tão acentuada no campo político, embora algumas decisões e caminhos que o Brasil têm tomado possam gerar comparações, mas principalmente no aspecto migratório. Nos últimos anos, em Seara e região, por exemplo, o que se percebe é um crescimento muito expressivo de imigrantes, especialmente venezuelanos, atuando em diferentes setores do comércio, dos serviços e principalmente nas indústrias.
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Não se trata de ser contra isso — pelo contrário, pessoas do bem, que vêm para trabalhar e buscar uma vida melhor, são sempre bem-vindas. Mas é inegável que a presença da língua espanhola está muito mais forte e visível do que muitos imaginavam em Santa Catarina. É uma mudança que merece ser debatida e com seriedade.
Esse cenário levanta questionamentos legítimos sobre planejamento urbano, políticas públicas e integração social. É preciso discutir o tema com responsabilidade, entendendo os impactos culturais, econômicos e sociais que essa nova realidade impõe às cidades catarinenses. O debate é necessário.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.
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