Fogo em equipamento na região metropolitana de Curitiba provocou desligamento emergencial para evitar colapso do sistema elétrico brasileiro na madrugada desta terça-feira
Um apagão atingiu diversas cidades de todas as regiões do Brasil na madrugada desta terça-feira, 14 de outubro. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falha foi provocada por um incêndio em um reator da Subestação de Bateias, localizada na região metropolitana de Curitiba (PR).
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O fogo começou por volta das 00h32, levando à interrupção controlada do fornecimento de energia elétrica para impedir um colapso no sistema. O ONS informou que o restabelecimento da energia começou logo em seguida: as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste tiveram o fornecimento normalizado até 1h30, enquanto no Sul o retorno total ocorreu por volta das 2h30.
“Assim que identificou a situação, o ONS iniciou ação conjunta com os agentes para restabelecer a energia nas regiões”, informou a entidade em nota oficial.
O incêndio gerou perdas temporárias de carga de aproximadamente 1.600 MW no Sul, 1.900 MW no Nordeste, 1.600 MW no Norte e 4.800 MW no Sudeste. O ERAC (Esquema Regional de Alívio de Carga) — mecanismo automático que desliga parte dos consumidores para evitar o colapso do sistema — foi acionado e desligou cerca de 10.000 MW de forma controlada.
A duração do apagão variou entre os estados, durando de poucos minutos a cerca de uma hora. Em São Paulo, mais de 937 mil clientes ficaram sem energia, segundo a Enel. No Rio de Janeiro, a Light registrou 450 mil pessoas afetadas.
Moradores de 13 estados relataram falta de energia, incluindo: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
O ONS informou que os agentes do setor elétrico se reunirão ainda nesta terça-feira para investigar as causas do incêndio. Uma análise preliminar da perturbação deve ser concluída até sexta-feira, 17 de outubro.
O Ministério de Minas e Energia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.