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Exame de sangue testado no Brasil detecta Alzheimer com mais de 90% de precisão

Estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) confirma desempenho de teste internacional em pacientes brasileiros

Por Redação, Portal 49
16/10/2025 - 18h38
A pesquisa avaliou 59 pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Foto: Shutterstok

Um exame de sangue desenvolvido pela empresa norte-americana Quanterix e testado em pacientes brasileiros mostrou alta capacidade de identificar alterações cerebrais associadas ao Alzheimer, com mais de 90% de precisão.

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O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e apoiado pelo Instituto Serrapilheira. 

Os resultados representam um passo importante na validação de ferramentas que possam auxiliar o diagnóstico clínico da doença, dentro do que especialistas chamam de diagnóstico assistido por biomarcadores — quando exames laboratoriais são usados como complemento à avaliação médica.

A pesquisa avaliou 59 pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, comparando os resultados do exame de sangue com o chamado “padrão ouro”, o exame de líquor.

Os testes indicaram que a proteína p-tau217, medida no plasma, foi capaz de distinguir indivíduos com e sem Alzheimer com acurácia entre 94% e 96% — desempenho equivalente ao dos exames invasivos e muito mais caros.

Diferença em relação aos exames atuais

O diagnóstico clínico do Alzheimer é feito principalmente com base em sintomas, histórico médico e testes cognitivos.

Em alguns casos, médicos solicitam exames que detectam as proteínas envolvidas na doença — como a beta-amiloide e a tau —, mas esses métodos ainda são restritos a grandes centros e têm custo elevado.

O PET-CT cerebral, por exemplo, pode chegar a R$ 10 mil, enquanto o exame de líquor exige punção lombar e equipe especializada. Nenhum dos dois está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

O exame de sangue, por outro lado, usa apenas uma amostra simples de plasma e equipamentos ultra-sensíveis, capazes de detectar quantidades mínimas da proteína tau. O custo estimado é cerca de dez vezes menor do que o dos exames de imagem.

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