Fechar [x]
APOIE-NOS
Seara/SC
10 °C
0 °C

Fiesc se posiciona sobre taxação americana nas exportações do Brasil

Tarifa de 50% prejudica severamente parte das exportações catarinenses, avalia presidente Mario Cezar de Aguiar  

Por Redação, Revista Única
10/07/2025 - 13h30
Mario Cezar de Aguiar - Foto: Divulgação/Fiesc/Revista Única

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) avalia que a tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano para as exportações de produtos brasileiros vai prejudicar severamente embarques para os Estados Unidos.  

:: Quer receber notícias, gratuitamente, por WhatsApp? Acesse aqui

O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, reitera a necessidade de manutenção dos canais de negociação pela diplomacia brasileira, sob pena de a situação se agravar com o cancelamento de investimentos no Brasil. Avalia que é necessário trabalhar com serenidade pela melhor solução, considerando os interesses do Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão precisa ser avaliada sob três aspectos: sob o ponto de vista econômico, não há justificativa para a aplicação desta taxa, já que os Estados Unidos registram superávit há décadas na balança comercial com o Brasil.  

O segundo aspecto diz respeito às políticas domésticas: o Brasil é um país soberano e suas decisões, certas ou erradas, devem ser respeitadas. Por fim, ao invés de adotar postura neutra em relação à diplomacia internacional, o Brasil repetidamente assume posições de desalinhamento com os Estados Unidos.  

Embora não se tenham detalhes sobre a medida, a perspectiva de taxação deixa a indústria em alerta.  

“A implementação da tarifa anunciada nesta quarta, de 50%, compromete a competitividade dos produtos catarinenses, uma vez que países concorrentes em setores relevantes para a pauta exportadora de SC podem ser submetidos a taxas bem inferiores”, frisa Aguiar.  

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, em sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica.  

EUA têm superávit de US$ 256,9 bi com Brasil  

Brasil e Estados Unidos sustentam uma relação econômica robusta, estratégica e mutuamente benéfica, alicerçada em 200 anos de parceria. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o aumento da tarifa terá impacto significativo na competitividade de cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos.  

O país norte-americano mantém superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos. Somente na última década, o superávit norte-americano foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. Incluindo o comércio de serviços, o superávit americano atinge US$ 256,9 bilhões. Entre as principais economias do mundo, o Brasil é um dos poucos países com superávit a favor dos EUA.  

A CNI aponta também que a entrada de produtos norte-americanos no Brasil estava sujeita a uma tarifa real de importação de 2,7% em 2023. A tarifa efetiva aplicada pelo Brasil aos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal, de 11,2%, assumida no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC).

24 horas

Portal49
www.portal49.com.br
© 2020 - 2025 Copyright Portal 49

Demand Tecnologia
WhatsApp

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a nossa Política de Privacidade. FECHAR