Promotoria alega que a sentença de 20 anos não considerou a gravidade e a frieza da ré, que chegou a participar das buscas pela vítima.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recorreu da sentença que condenou a mulher natural de Concórdia, responsável por matar o marido asfixiado, ocultar o corpo em um freezer e registrar o desaparecimento para despistar as autoridades.
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O crime ocorreu em Lacerdópolis, e o júri popular foi realizado em Capinzal. A ré foi condenada a 20 anos e 24 dias de prisão pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
O promotor de Justiça Rafael Baltazar Gomes dos Santos interpôs recurso de apelação ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), alegando que a pena foi branda diante da gravidade do caso. Segundo ele, o juiz não teria avaliado de forma adequada a culpabilidade, personalidade, circunstâncias e consequências do crime.
Para o Ministério Público, a mulher agiu de forma premeditada e demonstrou frieza incomum, mantendo o corpo do marido escondido por cinco dias enquanto simulava preocupação, chegando a participar das buscas ao lado de familiares, vizinhos, bombeiros e policiais.
O promotor defende que esse comportamento revela uma personalidade manipuladora, o que deveria ter sido considerado no cálculo da pena. O recurso agora será analisado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.