Diferença entre valores das refinarias brasileiras e mercado internacional diminui após anúncio de possível cessar-fogo no Oriente Médio
O preço do petróleo registrou queda nesta segunda-feira, 23 de junho, puxado pelo anúncio de um possível cessar-fogo entre Israel e Irã, feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A baixa no valor da commodity teve impacto direto no mercado interno brasileiro, diminuindo a defasagem entre os preços praticados nas refinarias nacionais e os valores internacionais.
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Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem média, que era de 19% no domingo, caiu nesta segunda-feira. O movimento reduz a pressão sobre a Petrobras por eventuais reajustes no valor da gasolina e do diesel.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já havia sinalizado que, em caso de arrefecimento do conflito no Oriente Médio, não haveria necessidade imediata de aumento nos preços dos combustíveis.
Atualmente, o diesel tem uma defasagem média de 12% em comparação com os valores do Golfo do México — referência internacional. Na Refinaria de Mataripe, na Bahia, essa diferença é ainda menor, chegando a 11%. Já a gasolina, que tem menor dependência de importações, apresenta defasagem de apenas 3%.
Apesar da melhora no cenário, a Abicom alerta que a janela para importação de combustíveis segue fechada, ou seja, ainda não é economicamente viável trazer combustíveis do exterior para revenda no país.
A situação segue sendo monitorada de perto pela estatal e pelo setor de combustíveis.