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Saúde reforça medidas de prevenção para a síndrome mão-pé-boca

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Por Redação
12/05/2023 - 08h37
Foto: Divulgação

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) orienta sobre as medidas frente ao aumento de surtos de Síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB) no Estado. A doença é uma infecção transmissível causada por um enterovírus e é muito comum em crianças, especialmente nas menores de cinco anos. Uma nota informativa com esclarecimentos foi emitida para a prevenção da doença.

A síndrome mão-pé-boca (SMPB) é uma infecção de origem viral, sendo causada por diversos enterovírus, principalmente o Coxsackie, caracterizada por pequenas feridas avermelhadas na cavidade oral, mãos e pés. Costuma acontecer na forma de surtos, acometendo crianças que frequentam creches e escolas, principalmente os menores de 5 anos.

A transmissão ocorre através do contato direto ou indireto com fezes de pessoas contaminadas, por meio das gotículas espalhadas por tosse, espirros, saliva no ambiente e/ou objetos de uso compartilhado ou pelo consumo de alimentos contaminados ou mal cozidos. Outra forma de contágio é o contato direto com as lesões.

Mesmo depois de recuperado, o paciente pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Dessa forma, a higiene das mãos deve se manter intensificada mesmo após melhora dos sintomas.

Sinais e sintomas

Usualmente o período de incubação, que vai desde a transmissão do vírus até o aparecimento dos sintomas, é de 3 a 7 dias e manifesta-se com febre em torno de 38-39°C, embora alguns casos possam ocorrer sem febre. O paciente pode apresentar, também, falta de apetite, dor de garganta, dor de cabeça, pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas, além de erupção (bolhas) de cor acinzentada com base avermelhada na palma das mãos, dedos e na sola dos pés durante 7 a 10 dias.

Na maioria das vezes não é preciso realizar exames complementares para diagnosticar a síndrome mão-pé-boca porque o quadro é bem típico e autolimitado, ou seja, melhora espontaneamente. O tratamento recomendado é sintomático e a orientação é para a criança aumentar o consumo de líquidos, repouso e alimentação leve.

Medidas de prevenção

As principais medidas de controle são o afastamento dos sintomáticos até resolução dos sintomas e a intensificação das medidas de higiene de mãos e do ambiente e superfícies, com especial enfoque em objetos compartilhados, como brinquedos, nos casos das creches, conforme detalhado a seguir:

  • Lavar frequente e correta das mãos, especialmente após a troca de fraldas e de usar o banheiro (a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas);
  • Limpar as superfícies e artigos incluindo brinquedos, primeiramente com água e sabão e então desinfetando com uma solução a base de alvejante com cloro/água sanitária (feita com uma colher de sopa do produto adicionada à 4 copos de água);
  • Evitar o contato próximo (beijar, abraçar, dividir talheres e copos) com pessoas com a doença;
  • Limitar a exposição das crianças doentes, mantendo as que apresentam sintomas afastadas da escola ou creche até o desaparecimento dos sintomas;
  • Manter uma boa higiene ambiental e um sistema de ventilação adequado em recintos fechados;
  • Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos.

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