Governador catarinense diz que busca isentar produtos de SC do tarifaço e critica postura agressiva do governo federal
Pela primeira vez desde a ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se manifestou sobre o impacto da medida para o estado.
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Em coletiva realizada na noite desta quarta-feira, 16 de julho, durante o lançamento da Efapi em Florianópolis, Jorginho adotou um tom cauteloso e evitou ataques diretos, mas não deixou de alfinetar o governo Lula.
O governador afirmou estar em diálogo com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e pretende apresentar um portfólio com os produtos catarinenses exportados, com o objetivo de tentar isentar o estado da possível taxação. "Temos que falar de produtos, não de estados. Assim, talvez consigamos dispensar a taxação sobre o que Santa Catarina exporta", disse.
Jorginho também destacou que SC está em boa situação financeira e que o governo estadual continuará sendo parceiro dos empresários. Em sua fala, criticou a postura do governo federal: “O governo federal tem que parar de falar em taxa de reciprocidade, querer dar pancada, porque tá meio com dor de barriga, e quem tá com dor de barriga não pode fazer muita força.”
Embora ainda não haja confirmação oficial sobre a entrada em vigor da tarifa, a declaração de Trump já causa insegurança no mercado e levanta preocupações sobre o impacto nas exportações e no emprego.