Maior crescimento já registrado para o período no PIB de SC é impulsionado pelos setores da indústria, serviços e agropecuária
Uma projeção da Seplan (Secretaria de Estado do Planejamento) estima que o PIB (Produto Interno Bruto) catarinense cresceu 6,9% entre março deste ano e março de 2024, maior alta da série histórica iniciada em 2010.
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O crescimento do PIB de Santa Catarina ficou acima da média nacional de 3,5% no acumulado de 12 meses até março. Segundo a projeção, o estado foi o que mais cresceu no período.
A estimativa do Boletim de Indicadores Econômicos-Fiscais, publicado pela Seplan na quarta-feira (18), se baseia em um painel com mais de 28 indicadores da economia estadual e nacional.
Paulo Zoldan, economista da Diretoria de Políticas Públicas da Seplan, destaca a estrutura que sustenta a economia catarinense.
“Temos um desenvolvimento econômico difuso, uma indústria diversificada e competitiva e um setor de serviços sofisticado. A qualidade de vida, a segurança pública e as paisagens cênicas seguem atraindo investimentos”, avalia.
Segundo o governo estadual, o crescimento do PIB de Santa Catarina foi influenciado pelos setores da indústria, dos serviços e agrícola, que voltou a crescer em 2025.
A indústria catarinense teve alta de 8% nos 12 meses encerrados em março, graças ao segmento de transformação.
O economista Paulo Zoldan também destaca que o aumento da renda impulsionou o consumo de alimentos e bebidas, favorecendo o segmento de embalagens.
Já o setor de serviços aumentou em 6%, puxado pelos transportes, alojamentos e alimentação, serviços prestados à família comércio.
A produção pecuária cresceu 2,2% em comparação ao ano passado.
As boas condições climáticas, o aumento da área cultivada e da produtividade favoreceram a agricultura, que teve alta de 17,8% no volume de exportações, com avanço na produção de soja, milho, arroz, feijão, fumo e cebola.
As exportações em geral cresceram 3,7% nos últimos 12 meses encerrados em abril, alcançando um total de US$ 11,9 bilhões (cerca de R$ 65,3 bilhões). Apesar do resultado positivo, queda das vendas para a China e para os Estados Unidos limitaram o crescimento.