400L de esgoto contaminam rio que deságua no mar
Balneário Camboriú viveu uma crise ambiental sem precedentes após a queima simultânea de quatro bombas do sistema de esgoto, nas estações elevatórias da Rua 3700 e adjacências, nos últimos 15 dias. A situação culminou no despejo de cerca de 400 litros de esgoto por segundo no rio Camboriú, que deságua diretamente nas praias do município — um dos destinos mais procurados do país.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) declarou que a falha provocou o colapso no bombeamento automático, forçando equipes a realizarem operação manual de contenção com caminhões hidrovácuo e blocos de argila para evitar dano ambiental ainda maior.
Segundo a autarquia, técnicos detectaram falhas antigas nas redes de expansão, mas a simultaneidade e a sucessão dos incidentes levantam suspeita de possível sabotagem. Diante da gravidade, o diretor-presidente Auri Pavoni anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar se as causas foram somente técnicas, de manutenção ou se há intenções dolosas — algo jamais registrado na história da Emasa.
Durante a madrugada do domingo, 13 de julho, duas novas bombas vieram de Criciúma e foram instaladas na elevatória da Rua 3700, normalizando o sistema e interrompendo o derramamento de esgoto. A Emasa segue mobilizada e promete implementar ações corretivas e preventivas conforme avaliação da investigação.
A Prefeitura local, por meio da Emasa, assegura que permanecerá acompanhando de perto o desdobramento da sindicância e adiantou que eventuais falhas estruturais ou de contrato serão tratadas com transparência e responsabilidade. A prioridade agora é recuperar a qualidade da água e garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer.
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