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Ao povo, cadeia, perseguição e punição

Por Cláudio Prisco Paraíso
12/09/2024 - 09h38.Atualizada em 12/09/2024 - 09h39

Nesta semana, foi possível presenciar uma articulação sórdida, ardilosa, reunindo aparentemente figuras que não navegam na mesma base ideológica nem no mesmo contexto partidário. Senão, vejamos.

O Palácio do Planalto, representado por bancadas de esquerda na Câmara, setores do Centrão, tendo à frente Arthur Lira, presidente da Casa, resolveram puxar o freio de arrumação e inviabilizar a votação da Anistia, que entrou na pauta da CCJ, Comissão de Constituição e Justiça, poderosíssima, presidida pela deputada catarinense Carol De Toni.

Foram as mais variadas obstruções.  As mais diversas.  O relator chegou a apresentar a sua proposta favorável, mas, além das obstruções, Arthur Lira resolveu antecipar a ordem do dia  e abriu a sessão no Plenário.

E sempre que isso ocorre,  as comissões técnicas, imediatamente, são obrigadas a encerrar suas atividades.  Evidentemente, essa movimentação palaciana  de bancadas de esquerda  e também de integrantes do Centrão  em fina sintonia com o Supremo Tribunal Federal. O consórcio deseja, atua, emprega todas as suas forças para continuar perseguindo e punindo compatriotas. 

Criminosos?

Ora, depois de todas as condenações, muitas com penas absolutamente desproporcionais,  temos ainda muitos brasileiros presos, outros em prisão domiciliar  ou controlados por tornozeleira eletrônica. Esses  brasileiros,  são quem?  São os golpistas,  os terroristas de 8 de janeiro? Claro que não.

Corruptos nadando de braçada

Enquanto isso, praticamente todos os grandes corruptos deste país foram descondenados, soltos e os que não foram ainda serão indenizados com juros e correção monetária. O Brasil realmente voltou. Sem falar em megatraficantes, assassinos, bandidos da pior espécie que simplesmente são ignorados pelo nosso bravo Judiciário. Uma festa.

Alexandre, o furioso

São esses “criminosos de altíssima periculosidade”, a turma do tal 8 de janeiro, que foi objeto da fúria  de Alexandre de Moraes,  das suas ilegalidades,  dos abusos de autoridade, das suas arbitrariedades  e tudo mais. E com a aquiescência dos demais membros  do Supremo Tribunal Federal. 

Contravapor

A Anistia era justamente para passar a régua, zerar esses abusos,  essas ilegalidades. Muitos sequer tiveram direito ao devido processo legal, à defesa. Sem falar que eles não foram os responsáveis pela depredação, pelos atos de vandalismo. 

Podem tudo

Esses sequer processados foram, porque sequer foram buscados,  porque não são investigados,  porque não interessava, porque foram esses que efetivamente causaram  toda a balbúrdia. Mas, como foram escalados pela esquerda, continuam sendo poupados. Até quando?

STF manco

O Supremo é seletivo, só pune quem tem vinculação  com a direita. De modo que  aquela expectativa  de que esse assunto chegasse a plenário  já foi afastada.  Esforço concentrado antes das eleições no Congresso foi o último esta semana. Agora, só depois das eleições. 

Perder de vista

Não se sabe se haverá condições da CCJ votar a Anistia  ainda esse ano. Mas vá que tenha  a condição  e que seja aprovada.

Sucessão

Arthur Lira colocará em plenário? Difícil. Ainda mais que, à medida que vai se aproximando  o final do ano, vem a sua própria sucessão. Há vários candidatos na praça  e a sucessão está bagunçada. Lira perdeu o controle  sobre ela  porque o Palácio do Planalto também entrou no processo. Pelo visto, Planalto e Arthur Lira  devem fechar com o mesmo candidato. 

Abaixo de zero

Mas,  o que se presenciou na CCJ  é uma demonstração  de como estamos mal servidos  no Congresso, particularmente na Câmara dos Deputados. Existe um grupo que deseja dar uma melhorada  no ânimo do brasileiro. Mas, tem aqueles que querem cada vez mais colocar o país a pique.

Alexandre na berlinda

Por Cláudio Prisco Paraíso
11/09/2024 - 12h09.Atualizada em 11/09/2024 - 12h09

Pedido de impeachment com 152 assinaturas de deputados federais, entre os 513, protocolado na segunda-feira no Senado Federal. O pedido foi recebido pelo presidente Rodrigo Pacheco, associado estratégico ao consórcio STF-Planalto / ditadura.

O que se observou? Os senadores acharam por bem não subscrever a peça, o pedido de impeachment, que tem assinatura de mais de um milhão de brasileiros.

Porque, na eventualidade de Pacheco colocar em discussão esse pedido de impeachment, a assinatura dos senadores poderia levá-los a impedimento no caso de julgamento de Alexandre. Então, o que ocorreu em Brasília? Senadores assinaram um requerimento pedindo que o presidente do Senado coloque em apreciação no plenário o pedido de impeachment.

Os três senadores catarinenses, Esperidião Amin, Jorge Seif e Beto Martins subscreveram o requerimento. Portanto, 100% da representação do Senado, graças à licença de Ivete Appel da Silveira.

Apoio massivo

Agora, entre os 152 deputados federais que avalizaram o pedido de impeachment, nós temos 13 de Santa Catarina. Treze de dezesseis.

Percentual

Portanto, mais de 81% da representação de Santa Catarina na Câmara Federal respaldou o pedido de impeachment. Quais são os 13? Vamos pronunciá-los aqui.

Liberais

Pelo PL, cinco: Daniela Reinehr, Carol De Toni, Júlia Zanatta, Daniel Freitas e Zé Trovão.

Inesperado

Pelo Republicanos, uma surpresa: Jorge Goetten, que deixou o PL e buscou abrigo na nova legenda, agora presidida por ele no Estado. Goetten vinha votando muito com o governo Lula. Acabou sem ambiente entre os liberais. Mas, surpreendentemente, nesse pedido de impeachment, ele colocou a sua assinatura.

Dezena

Gilson Marques, do Novo, também subscreveu, a exemplo de Carmen Zanotto, do Cidadania; bem como os dois do PSD, Ismael Santos e Darcy de Matos, totalizando 10.

Marcando posição

Darci de Matos, que é do PSD, mas que não foi eleito, está ocupando a vaga de Ricardo Guidi.
Este, por sua vez, deixou o PSD e foi para o PL, partido pelo qual concorre à Prefeitura de Criciúma, licenciando-se do mandato.

Tripé

E os três do MDB, Valdir Cobalchini, Rafael Pezenti, e o suplente, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, que está no lugar de Carlos Chiodini, licenciado para concorrer à Prefeitura de Itajaí, totalizando 13 de 16 deputados.

PTzada

E os outros três, que não respaldaram, que não avalizaram, que não apoiaram, que não assinaram o pedido de impeachment. Previsível, eles integram o consórcio ditatorial via Congresso Nacional: os dois petistas, Carla Ayres (que assumiu com a licença de Pedro Uczai, candidato à prefeitura de Chapecó) e Ana Paula Lima. Novidade zero.

Melancia

Por último, o único representante do União Brasil, resultado da fusão do PSL, que elegeu Jair Bolsonaro presidente em 2018, com o Democratas, Fábio Schiochet, que preside a sigla no Estado. Para gravar bem: Carla Ayres, Ana Paula Lima e Fábio Schiochet estão com Alexandre e seus comparsas.

Solidez

Portanto, está de parabéns a representação de Santa Catarina. Entre os dezesseis da Câmara, treze estão solicitando e respaldando o pedido de impeachment de Alexandre. Entre os senadores, embora não no pedido de impeachment, mas no requerimento que pede que o pedido de impeachment chegue a plenário, os três de Santa Catarina subscrevem.

Ação e reação

Então, de uma representação global no Congresso de 19, 16 catarinenses estão de parabéns.
Resultado possível porque Santa Catarina escolhe bem os seus representantes. Quanto aos três desgarrados, que esperam a resposta nas urnas. 2026 é logo ali.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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