Vamos caminhando para quase dois meses de inundações semanais em Santa Catarina, com poucas tréguas desde o começo de outubro. Choveu demais até agora. As principais atenções convergem para o Alto Vale, que tem em Rio do Sul sua “capital”, onde a população sofre duramente.
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O governo do estado merece o respeito e o reconhecimento da sociedade catarinense. Não apenas na figura do governador, pelo seu envolvimento, mas sobretudo pela atuação firme e assertiva, cristalizada no competente trabalho da Defesa Civil e aí falamos. Elogio extensivo, evidentemente, ao Corpo de Bombeiros, à Polícia Militar e a todos os outros setores envolvidos.
Sempre procurando mitigar os efeitos das cheias. Em Rio do Sul as imagens são chocantes. Uma interação tem se relevado proveitosa entre os municípios e a gestão estadual.
Em compensação, quanto ao governo central, à União, é um descaso absoluto, vergonhoso, que chega a gerar indignação e revolta no povo catarinense. Ciro Gomes avisou, ainda durante a campanha do ano passado, que tudo o que o chefe da Organização queria era se vingar do povo brasileiro. Dos catarinenses então, está explicitada a estratégia rancorosa.
República
Nem vamos entrar no mérito se aqui é um estado essencialmente conservador e potencialmente bolsonarista desde 2018. Nem vamos considerar que o atual presidente tenha levado uma lavada no ano passado. Afinal de contas, o que se espera do gestor público é altivez, espírito republicano e bom senso. Mas o atual inquilino do Planalto – que não tem nenhum destes predicados básicos – não tem sequer sensibilidade humanitária.
Lorotas
Afeito às bravatas e ao revanchismo, o chefão histriônico se apresenta como alguém que quer colocar um ponto final na guerra entre Israel e o Hamas, que remonta há milênios (quando os descendentes de Ismael tinham outros nomes). Tudo isso numa mesa de bar.
Plantando jabuticabas
Mas ele não é capaz nem de buscar minorar os prejuízos e não estamos falando em verbas para reconstrução, é para socorrer os catarinenses desabrigados, desalojados, desalentados.
Patéticos
Há umas três semanas, ele mandou ministros para SC. Só pirotecnia. O governo federal tem estrutura financeira e logística. De concreto, contudo, até agora, nada, zero.
Onde?
E pisar em Santa Catarina então, parece que não é algo que esteja no radar do ex-presidiário. Ele não é popular por aqui, mas sua presença como chefe de estado passaria uma mensagem positiva.
Viajando da Silva
Certamente não houve tempo na agenda ainda. Até porque se contabilizarmos o somatório dele em viagens ao exterior, o petista já ficou dois meses fora do país, badalando, saçaricando com gastos que chegam a arrepiar até mesmo integrantes da esquerda.
Marginais
Mas não para por aí. Observa-se também uma total desconsideração do guru canhoto com parlamentares de Santa Catarina que têm votado religiosamente a favor do desgoverno.
Dedo na ferida
O senador Esperidião Amin, do alto de sua experiência, é um homem honrado, cobrou da bancada que se exija uma audiência com o líder supremo da canhotada em Brasília.
Alô
O governador Jorginho Mello tem merecido simplesmente o desprezo e o desrespeito da União. Isso que é governador de um dos estados que, proporcionalmente, mais manda impostos para a farra central. Jorginho é o legítimo representante dos catarinenses, mas que não causa nenhum interesse de Lula da Silva e seus camaradas. Esse é o desgoverno petista.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
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