Mais uma vez Lula da Silva envergonha o Brasil no exterior. Como é de praxe, o presidente brasileiro abre os trabalhos da Assembleia da ONU. É tradição.
Vamos primeiro apreciar a questão formal. Não o conteúdo, mas a sua apresentação na forma. Primeiro: a língua portuguesa foi violentada, o vernáculo foi nocauteado.
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Isso sem falar na dicção de sua excelência. Mas vamos agora para o conteúdo. Sem citar o presidente Donald Trump, que foi o seguinte a usar da palavra, ele, mais uma vez, mandou uma série de recados e fez do discurso um palanque de campanha eleitoral para sua recandidatura presidencial de 2026.
Falando da soberania nacional, que “nós não aceitamos interferência e que a condenação de Jair Bolsonaro foi justa, o devido processo legal foi observado, direito ao contraditório, à defesa.” Ou seja, falou exatamente tudo que não ocorreu.
Garoto de recados
Parecia um porta-voz de Alexandre de Moraes. O que não surpreende, considerando-se que o Planalto é um puxadinho do Supremo. Isso todo mundo já sabe. Mas, agora, Lula superou-se: virou porta-voz do sancionado Alexandre de Moraes. Um vexame completo.
Aperto de mão
Sem ter tomado conhecimento do seu discurso, Trump subiu à tribuna, praticou um gesto em relação ao presidente brasileiro, disse que tinha acabado de se encontrar com ele numa conversa de 30 segundos, se cumprimentaram, tudo bem, e aproveitou para convidá-lo para um encontro no Salão Oval na próxima semana. E falou isso no discurso.
Analfabeto
Lula, evidentemente, que tem dificuldades com a Língua Portuguesa, naturalmente não tem qualquer intimidade com a Língua Inglesa. Ocorreu que, enquanto a tradutora passava a fala de Trump — sempre tem um delay — ele buscava informações com o conselheiro internacional Celso Amorim, com o chanceler Mauro Vieira, enfim, querendo saber o que Trump dizia.
Correu
A grande verdade é que, mal terminou esse primeiro dia de atividade na ONU, o chanceler brasileiro já foi avisando: olha, a conversa será por telefone ou por videoconferência. Não querem nada pessoalmente porque, vulnerável, Trump poderia apresentar algumas situações que constrangeriam, desmascarariam ou desmoralizariam Lula da Silva. Exemplos?
Companheiros
O envolvimento do governo Biden nas eleições de 2022, quando Lula só foi candidato porque restou descondenado pelo Supremo Tribunal Federal; ou, mesmo, pela via do Tribunal Superior Eleitoral, que conduziu de forma capciosa, parcial e tendenciosa a campanha para favorecê-lo.
Do xilindró ao Planalto
Lula saiu da prisão, como bom presidiário que foi durante 580 dias, para ser candidato. E o elegeram com a ajuda dos Estados Unidos. Será que Lula tem alguma preocupação nessa direção?
Direto
Porque Donald Trump não tem papas na língua. Basta ver a maneira como ele foi incisivo com o presidente ucraniano, dizendo que, se ele não chegasse ao entendimento com Vladimir Putin, poderia estar deflagrando a Terceira Grande Guerra Mundial. Claro que a responsabilidade dessa guerra é da Rússia, que invadiu a Ucrânia, mas precisa haver bom senso.
Na moleira
Trump também emparedou o presidente sul-africano com declarações de perseguição aos brancos no país. Lula teria alguma preocupação? Sim, porque todos sabem do conluio entre o Supremo e o Planalto.
Saída pela esquerda
A deidade vermelha, obviamente, vai bater em retirada. Não vai comparecer, não vai cumprir com as suas obrigações de chefe de Estado de ir frente a frente com o presidente americano e questionar o tarifaço em defesa dos interesses nacionais e do povo brasileiro.
Amarelão
Ora, claro que ele vai arregar, porque há situações que podem deixá-lo mal e isso pode prejudicar a sua recandidatura. Porque é isso que ele prioriza. Não são as consequências econômicas e sociais, que já são sentidas e que serão mais sentidas ainda ao longo do tempo.
Papel
Para o líder vermelho, o que importa é criar uma narrativa e um discurso político capaz de lhe tornar novamente competitivo na disputa eleitoral do ano que vem. Ou seja, ele não passa de uma farsa. Lula farsante da Silva.
Típico
Trata-se de um engodo, bem próprio de governos de esquerda, de governos socialistas e comunistas. Esse é o tradicional modus operandi da esquerda. Isso que precisa ficar muito claro à luz do dia.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
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