Nas eleições de 2022, na disputa presidencial, o Instituto Paraná foi aquele que apresentou os números mais precisos, tanto no primeiro quanto no segundo turno.
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A margem de erro não chegou a um ponto percentual, diferentemente de várias outras empresas do ramo. Tanto na intenção de votos para Lula quanto para Jair Bolsonaro. Recentemente, o referido instituto realizou uma pesquisa ampliada no contexto nacional, mas não se restringiu somente a projeções de cenários com vistas às eleições de 2026.
Também explorou situações polêmicas e pontuais envolvendo o quadro político. A intenção de votos entre os principais nomes só evidencia que a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) segue mais viva do que nunca. Na espontânea apenas os dois aparecem, ambos com mais de 20 pontos percentuais. O terceiro, que é Tarcísio de Freitas, tem menos de 1%.
Calcanhares
Quando os vários cenários são explorados, Lula da Silva lidera com Bolsonaro cerca de quatro pontos atrás.
Distância
Quando o nome é o de Michelle Bolsonaro, esposa de Jair, a diferença em favor do petista é de cerca de 15 pontos percentuais.
Tarcísio de Freitas fica ainda mais distante. Ele tem quase 18% e Michelle com 23% vendo Lula com 38%.
Fora do páreo
Bolsonaro ainda é o adversário mais forte, mas está inelegível. Observando a pesquisa como um todo, contudo, quem tem mais perspectivas de crescimento é o governador de São Paulo. Ele pilota a locomotiva econômica do Brasil - o que é uma grande vitrine natural.
Isolamento
Já Michelle tem apenas a presidência do PL Mulher. Outros governadores também colocados nas pesquisas aparecem muito mal. Inclusive Romeu Zema, de Minas Gerais, assim como Ronaldo Caiado, de Goiás, Helder Barbalho, do Pará e Ratinho Jr. do Paraná. O quadro pintado é claro: Lula contra Michelle ou Tarcísio em 2026. Ponto.
Mal na foto
O curioso é o seguinte. Lula, presidente, não poderia estar com menos de 45% das intenções de voto. Ele não chega nem nos 40% em função do nível de aprovação do seu governo. Pela primeira vez, ficou praticamente empatada a avaliação, que apontou 48% de aprovação sob Lula III contra 47,8% que desaprovam.
Explicação
Ou seja, a deidade vermelha não tem melhores intenções de voto após um ano e um mês de seu retorno em função dessa desaprovação.
Sinal amarelo
Outro detalhe. Chegar a tal nível de reprovação com apenas 14 meses incompletos de gestão é preocupante. Para ele, Lula, para o PT, para o governo e, ainda, para o consórcio STF-Planalto em conluio com a mídia velhaca.
Sustentáculo
Afinal, esse tripé teve papel fundamental para derrotar Bolsonaro e hoje blinda de todas as formas o líder Supremo, procurando destruir, na outra ponta, a figura do ex-presidente. Que ainda segue muito forte, apesar do bombardeio incessante que se iniciou antes mesmo dele assumir como presidente lá em 2019.
Verdade
O objetivo não é apenas colocar o Bolsonarismo na lona, mas também o conservadorismo, que é o desejo do tripé citado acima. Políticos corruptos, Judiciário aparelhado e mídia achacadora lucram muito mais com essa farra toda que estamos acompanhando. Afinal é tudo pela democracia.
Justiça
Houve também duas perguntas muito interessantes nessa pesquisa do Paraná. A primeira é se a eventual prisão de Bolsonaro é justa ou injusta? 38,3% consideram justa. Percentual alto, avaliando-se que não há provas de corrupção contra Bolsonaro, bem diferente dos 14 anos de PT. Mensalão, petrolão, Lula preso, governadores, ministros, deputados, senadores, Dilma deposta, enfim.
Margem
Agora o mais preocupante é no que diz respeito à inelegibilidade de Bolsonaro: 44,7% concordam com o fato dele ter perdido seus direitos políticos. Outros 48,4% discordam. A diferença é muito pequena, menos de quatro pontos. E por que parte da população aprova a inelegibilidade se nada foi levantado sob o aspecto ético e moral contra ele?
Alertas
Ao fim e ao cabo, a pesquisa é preocupante. Tanto para Lula presidente quanto para o líder da oposição. Por fim, como cabos eleitorais na capacidade de transferência de votos, o petista e o liberal praticamente se equivalem. A conferir o que sairá das urnas em outubro deste ano.
O Jornal O Estado de S.Paulo fez um levantamento emblemático sobre o comportamento dos parlamentares na Câmara Federal.
Os menores percentuais do presidente de plantão no segundo turno das eleições de 2022 foram, proporcionalmente, em Rondônia, Roraima, Acre e em Santa Catarina.
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Os três primeiros são estados com pouca expressão econômica e eleitoral no contexto brasileiro. Nestas três unidades federadas o petista teve pouco mais de 29% dos votos. Em Santa Catarina, Lula suplantou a casa de 30% dos sufrágios, o que ilustra bem o pífio desempenho dele entre os catarinenses.
Santa Catarina só perde para o Mato Grosso considerando-se os parlamentares que mais votaram contra o Planalto em 2023. Os deputados mato-grossenses foram os únicos que superaram os catarinenses. Trocando em miúdos: o comportamento dos eleitos na Câmara Federal vem guardando relação direta com o resultado que saiu as urnas em outubro de 2022. Confira os dados:
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.