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Voz que se destaca

Por Cláudio Prisco Paraíso
03/02/2024 - 07h11.Atualizada em 03/02/2024 - 07h11

Esperidião Amin orgulha Santa Catarina. O Estado emprestou e empresta ao Brasil um dos mais completos e talentosos senadores da República.

Além de honrado, atuante e preparado, essencialmente articulado, o catarinense demonstra coragem nesse momento em que o Estado brasileiro está sendo aparelhado sob Lula III, pelo governo do PT e com a ajuda do Supremo Tribunal Federal. Especialmente na figura do imperador Alexandre de Moraes. 

Em entrevista a uma emissora nacional, Amin colocou o dedo na ferida. E foi duro, dizendo que o Brasil não pode continuar na toada em que se encontra, onde Alexandre de Moraes simplesmente determina absolutamente tudo na República. 

Inclusive na Controladoria Geral, na Polícia Federal e na ABIN. Este tripé encontra-se devidamente aparelhado.  Alexandre de Moraes não permite que essas instituições forneçam as informações que vêm sendo solicitadas desde o mês de outubro pelo Senado da República. Mais uma clara afronta, um deboche, na direção no Legislativo. 

 Ale e sua turma

Esperidião Amin se insurge contra essa situação porque simplesmente o Congresso Nacional está sendo desrespeitado por uma única pessoa. Os outros 10 ministros, a esta altura do campeonato, se transformaram em auxiliares de Alexandre de Moraes.

Adesões

O senador catarinense, com seu comportamento, com a sua atitude, faz com que outros senadores também se movimentem. 

Grito

Tanto é que, ato contínuo à manifestação de Amin, uma comissão de senadores foi a Rodrigo Pacheco protestar, pedindo o respeito às prorrogativas do Senado e aguardando uma posição até essa sexta-feira, 2. Se nada ocorrer, o grupo iria novamente a público relacionar as prerrogativas que estão sendo ignoradas pelo Supremo em relação ao Senado. 

Hummmm

Rodrigo Pacheco prometeu acolher as reivindicações. Resta saber se tal promessa será cumprida. O mineiro não passa de um capacho, um vassalo, um serviçal do Supremo e do Governo Federal sob Lula III.

Tribunal da inquisição

Enquanto isso, o diminuto imperador segue avançando. Ele criou um serviço secreto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um núcleo de “inteligência” que será composto por ele próprio, evidentemente, e mais 3 coronéis das Polícias Militares de Brasília, Minas Gerais e Bahia.  A ditadura se expandindo e ficam falando em nome da democracia, do Estado de Direito, bla bla blá. E a claque aplaudindo. Vamos ver até onde segmentos da sociedade hoje delirantes com o vírus do autoritarismo vão bater palmas lambendo as botas do regime. 

Timing 

Precisa haver uma reação. Caso ela não ocorra por parte de Rodrigo Pacheco, que pelo menos o presidente da Câmara, Arthur Lira, se posicione. Já foi um grande sinal o fato dele não ter comparecido àquele espetáculo deprimente em que a “democracia inabalável” reuniu ministros do STF e integrantes do governo no mês passado para “celebrar” o 8 de janeiro. 

Depressão

Espetáculo deprimente, esvaziado e que não mereceu apoio nem do grosso da classe política. Poucos governadores apareceram. Lira também não foi. Como também não compareceu na quarta-feira, quando Pacheco e Lula estavam juntos na retomada das atividades do Supremo.

Recado 

A seu turno, o alegre Luiz Roberto Barroso teve a coragem de dizer que o equilíbrio, a harmonia e a independência entre os poderes estão preservados. Talvez na Inglaterra, nos EUA. 

Ausente

Cara de pau esse Barroso. Lira mais uma vez não foi. Talvez porque dois deputados tiveram o gabinete visitado pela PF em 2024 e nada se diz, nada se faz. Suas residências foram igualmente frequentadas pela polícia. 

Como assim?

E a inviolabilidade do mandato? A Constituição Federal está sendo rasgada à luz do dia há vários anos. As supremas togas a aplicam como bem entendem, conforme as conveniências. Neste momento, tudo vale para perseguir os conservadores. Enquanto o PT, a esquerda e seus braços fazem o que querem, quando querem e como querem. 

Gota d’água

Passou dos limites. O povo brasileiro está a cada dia mais incomodado e politizado. Esse ano não terminará sem que o STF puxe o freio de arrumação sob pena de as reações ganharem uma dimensão poucas vezes vistas neste país. Chega de arbítrio, chega de autoritarismo, chega de ditadura.

PSD e MDB; e vice-versa

Por Cláudio Prisco Paraíso
02/02/2024 - 07h00.Atualizada em 02/02/2024 - 01h18

Movimentação no tabuleiro pré-eleitoral de Florianópolis. Após ter acumulado desgaste há duas semanas a partir da deflagração da Operação Presságio, que derrubou dois de seus secretários, um do União Brasil e outro do PSD, o prefeito Topázio Silveira Neto resolveu colocar o pé no acelerador. 

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Mostrou que está apostando forte no projeto de reeleição. E não passou recibo sobre o episódio policial. 
O que fez o PSD? Articulou, num intervalo de apenas 24 horas, o apoio de dois partidos a Topázio. Primeiro, o MDB e, na sequência, o Republicanos. Este segundo veio para o projeto do prefeito pelas mãos de Moisés da Silva, antecessor de Jorginho Mello no governo do estado. Moisés, vale lembrar, sequer chegou ao segundo turno do pleito de 2022, disputado pelo atual governador e pelo petista Décio Lima. 

Quanto ao MDB, toda a costura foi engendrada pelo deputado federal Carlos Chiodini, presidente da seção estadual do Manda Brasa.

Clic

Chiodini posou para a foto ao lado de seu colega de bancada, Valdir Cobalchini, pai do presidente da Câmara da Capital, João Cobalchini, nome sempre lembrado para compor a majoritária. E que, evidentemente, também estava ali para o registro fotográfico.

Vácuo

Até porque o Republicanos não tem nome a apresentar e o União Brasil perdeu sua carta na manga depois que Ed Pereira foi alcançado pela Operação Presságio.

Caindo no colo

Soma daqui, subtrai dali e tem-se que tudo conspira em favor do MDB e do próprio Cobalchini, o filho. Está pintando uma dobradinha PSD-MDB na Capital.

Mão invertida

Além de Chiodini, o que chamou a atenção foi a presença do presidente MDB de Itajaí, Wilson Rebelo Júnior, no anúncio do apoio do partido a Topázio Silveira Neto.
Por que razão, Rebelinho, como é conhecido, estaria em Florianópolis? Presença que faz com que alguns observadores da cena estadual entendam que possa haver uma troca de apoio. O PSD tem, na cidade portuária, o nome do vereador Osmar Teixeira. O jovem parlamentar vem aparecendo bem nas pesquisas.

Domicílio

O MDB, a seu turno, quer emplacar o nome de Chiodini de candidato à sucessão de Volnei Morastoni, apesar de ele ter base em Jaraguá do Sul.

Digerindo

A presença de Osmar Teixeira na chapa poderia facilitar a assimilação do eleitorado itajaiense para a chegada de alguém que estaria transferindo domicílio eleitoral.

Posições

Em Itajaí, portanto, poderá ocorrer a inversão de papéis em relação à Capital, tendo o MDB na cabeça (Chiodini) e o PSD de vice (Osmar Teixeira).

Afunilando

Quem observa isso tudo é o PL de Jorginho Mello. Se a cartada no eixo Capital-Itajaí for essa trata-se de uma troca de figurinhas entre PSD e MDB.

Distância

O governador não mantém qualquer expectativa relativamente aos pessedistas. Mas alimentava esperanças de algumas composições estratégicas com o MDB já no pleito municipal deste ano. O Manda Brasa é o partido que o líder liberal catarinense deseja ter como parceiro preferencial no projeto de reeleição em 2026.

Outro caminho

Essa movimentação em Florianópolis, muito provavelmente com desdobramentos em Itajaí, pode levar Jorginho a não estar alinhado nem com Topázio na Capital e muito menos com Chiodini em Itajaí.

Dupla

Na cidade portuária, o PL dispõe de duas opções: Robison Coelho, respondendo interinamente pela Secretaria de Portos e Aeroportos do Estado; e Rubens Angioletti, vereador.

Pureza

O governador pode estar raciocinando na direção de lançar chapa pura em Itajaí. Para Florianópolis, o caminho mais provável seria buscar entendimentos com o PP. Ou apresentar um nome que ainda não ganhou holofotes para entrar na disputa pela prefeitura da Capital dos catarinenses.

Calorão

O ano começou quente. Com a chegada de fevereiro, as conversações vão se intensificar para, depois das águas de março, observarmos, em abril, a desincompatibilização dos candidatos para as eleições municipais de outubro. O próximo trimestre promete ser recheado de fortes emoções no cenário político Barriga-Verde.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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