Desde a campanha eleitoral, Lula da Silva matriculou-se no agronegócio. Algo surreal.
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Muito provavelmente tendo em vista a ligação, a proximidade, a entrada do seu adversário direto, o ex-presidente Jair Bolsonaro, neste segmento que é pilar da economia nacional.
O mandatário-mor falou de amor na campanha, mas guarda rancor e é vingativo. Assim como a maioria de seus camaradas.
Ao longo do período eleitoral, o petista falou barbaridades contra o setor.
Evidentemente a verborragia do então candidato o fez perder votos e ser contestado, rebatido. Neste embate, o chefe da Organização perdeu sufrágio precioso.
Mas é uma ideia fixa e o guia supremo segue atirando na direção de quem trabalha e produz. Em seu mais recente périplo pelo exterior, mais precisamente na parada em Dubai, ele acionou novamente a metralhadora giratória.
Palco
Ou seja, para o mundo inteiro ver e ouvir. É inconcebível. Ao lado de Estados Unidos e China, o Brasil forma o tripé responsável pelo abastecimento alimentar da maior parte do planeta.
Portento
Cálculos do setor produtivo apontam que este país responde pelos alimentos que chegam à mesa de 1 bilhão de pessoas ao redor do globo.
O agro representa divisas, gera receita, amplia as exportações, gerando emprego e renda em praticamente todos os estados brasileiros.
Destino
Trocando em miúdos, Lula virou um desatinado. É alguém que chega às raias da loucura.
É algo preocupante, o presidente de plantão parece senil em potencial. E começa a colher os resultados desta postura também em pesquisas de opinião.
Desgaste
Em várias unidades federadas, onde a agricultura, o agronegócio, são fortíssimos, os reflexos são claros. Neste espaço já registramos os números de pesquisas recentes sobre o desempenho de Lula da Silva em Santa Catarina e no Paraná. Que são regiões muito fortes na pecuária e na agricultura.
Cooperação
No cooperativismo, igualmente. O Paraná, por exemplo, é o maior produtor de aves do país. Santa Catarina vem em segundo, mas lidera na criação de suínos.
Região
Mas não se pode ignorar o agronegócio também no Centro-Oeste, em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Neste último, o Paraná Pesquisas fez um levantamento entre 6 e 10 de dezembro, portanto recente, em 76 municípios goianos. Os dados são extremamente preocupantes para Lula, para o governo e para o PT.
Números
Senão, vejamos. Numa enquete estimulada para a presidência da República,
Ronaldo Caiado, governador reeleito de Goiás, lidera com 37,8% das preferências.
Pois é
Lula surge em segundo? Não. A vice-liderança ali é de Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama tem 21% dos votos. O atual inquilino do Planalto ficou em terceiro lugar, com parcos 19,9% das intenções do eleitorado goiano. Na quarta posição, mas bem atrás, ficou Ciro Gomes. O cearense alcançou 4,9% da preferência.
Tibieza
Ou seja, o atual presidente perde para a ex-primeira-dama, que nunca teve mandato e hoje lidera o PL Mulher no país.
Pauliceia
No segundo cenário, trocando Michelle por Tarcísio de Freitas como candidato liberal, Ronaldo Caiado avança mais cinco pontos, chegando 42,4% na pesquisa. Lula da Silva, a seu turno, avança apenas um ponto e chega a 20,9%.
Ainda desconhecido
Tarcísio de Freitas não é muito popular em Goiás, talvez por ainda não ter nacionalizado o nome. Apareceu em terceiro na pesquisa do Instituto Paraná, sendo escolhido por 12,5% dos entrevistados. Ou seja, no momento, Michelle é mais candidata do que o governador paulista naquele estado.
Causa e efeito
Para se ter uma ideia, a aprovação do governo Caiado é de 81,4%. Quando vamos para o quadro nacional, Lula da Silva não bate nos 40% neste quesito. É aprovado por 39,3% dos goianos. Isso com menos de um ano de governo. Por outro lado, a desaprovação presidencial é de astronômicos 55,5%.
Sinal vermelho
O quadro é muito preocupante para Lula da Silva. Além de estar derretendo sob o aspecto político e eleitoral, ele está carregando junto o PT e a esquerda. Canhotada toda que o apoiou no pleito passado. Muito provavelmente esse cenário trará prejuízos para as candidaturas petistas e esquerdistas nas eleições municipais que se avizinham.
Quarteto
Inclusive em grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, e daí por diante.
Apertem os cintos
Há, ainda, um componente administrativo. Nós não temos um governo, nós temos um desgoverno a partir de Brasília.
Lula World tour
Um presidente que não para de viajar, distribuindo impropérios verbais a cada dia. Um pior que o outro. A deidade vermelha atira, na verdade, no próprio pé, expondo o país no plano internacional. Já chegou ao nível de constrangimento para ele perante os demais chefes de nação.
Língua de trapo
As asneiras são de tal ordem que ele já é motivo de chacota. Lula da Silva não é mais levado a sério.
Brigalhada
Enquanto ele viaja sem parar, com gastos astronômicos, por aqui está tudo solto, largado, sem comando. Vamos ilustrar apenas com um exemplo clássico e bem recente. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná, não para de criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, escolhido pelo presidente da República. Eles não se entendem internamente. Além, é claro, de não termos uma política econômica e olha que já se foi o primeiro ano sob Lula III.
Insaciáveis
Apenas iniciativas para majorar impostos para gerar mais receita para cobrir a gastança, o verdadeiro estouro da boiada. Seguindo nessa batida, a situação vai ficar absolutamente insustentável para Lula da Silva. Inclusive no contexto do Congresso Nacional.
Na sexta-feira passada o PT realizou, em Brasília, uma conferência, uma convenção, como queiram definir aquele aglomerado de petistas recebendo instruções. Orientações que partiram de vários dirigentes, tendo à frente, evidentemente, Lula da Silva.
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A deidade vermelha chegou ao desplante de reconhecer publicamente que o PT está perdendo votos preciosos. Especialmente na classe média. E disse, em alto e bom som, que o eleitorado que vota no partido hoje é aquele que recebe até R$ 2 mil. Ou seja, os pobres e miseráveis.
Também falou, vossa sapiência suprema, que aquele brasileiro que melhora de vida, ganhando um pouquinho mais e alcançado melhor instrução, já não vota mais nos comunas. Sério?
Ora, eles escancaram que não querem o desenvolvimento, eles não querem o crescimento, eles não querem oferecer melhor renda coisíssima nenhuma.
Eles querem o povo como refém, ganhando mal e sem educação. Porque só assim mesmo para capturarem o voto.
Outro patamar
O líder supremo reconheceu que metalúrgicos do ABC paulista que ganham 8 mil mensais não votam mais neles.
Tic tac
Trocando em miúdos, o PT está com seus dias contados. Até porque é um partido de um homem só: Lula da Silva, cumprindo o terceiro mandato presidencial. Os outros dois mandatos petistas na Presidência foram de sua poste, Dilma Rousseff.
Sucessor?
Outro poste, Fernando Haddad, coleciona derrotas nas urnas, apesar da insistência de Lula da Silva para fazê-lo como uma espécie de sucessor. É o PT sendo desmascarado pelo seu principal líder.
Fórmulas
Para os pupilos, o guia supremo ensinou que é preciso apostar em narrativas para conquistar o voto. Que narrativas, cara-pálida? Precisa ter ação, gestão, governo porque o acompanhamos hoje é um desgoverno em todas as frentes neste país.
Sem máscara
O véu caiu. E caiu por iniciativa do inquilino do Planalto, que já antevê o retorno da direita ou do centro no pleito de 2026. Os petistas não têm mais capacidade de mobilização. Ninguém mais acredita neles.
Golpe
Lula foi “eleito” em meio a um conluio entre os principais veículos de comunicação, setores da iniciativa privada e, especialmente pela atuação tendenciosa do TSE.
Cala a boca
Só estamos sob Lula III porque Jair Bolsonaro deu belos tiros no seu próprio pé, com declarações absurdas que ampliaram sua rejeição. Lula foi tirado da prisão porque era a única alternativa para tentar derrotar Bolsonaro.
Sabe tudo
Por falar em xilindró, nesse mesmo evento, a primeira-dama Janja sinalizou para a prisão do ex-presidente. Opa, então ela tem informação privilegiada do STF? A deslumbrada está antecipando algo? Quem sabe vão aproveitar o apagar das luzes do ano, entre Natal e Réveillon, ou em meio ao Carnaval de 2024, para encarcerar Bolsonaro.
Barril de pólvora
Arriscado se esse for o plano da Organização. Primeiro porque se o STF prender o ex-presidente é prova de que o pacto, o conluio, continua valendo. Isso pode, ainda, gerar forte reação da opinião pública.
Tripé
Já tornaram o cidadão inelegível. Antes disso soltaram um presidiário corrupto e ladrão juramentado. E agora ainda vão querer prender Bolsonaro? O colunista duvida que chegarão a tal ponto por se constituir numa operação de elevadíssimo risco. Embora o brasileiro seja pacato, pacífico, mas a prisão de Jair Bolsonaro pode ser o estopim para revolta popular.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.