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Faltou pouco

Por Cláudio Prisco Paraíso
21/09/2024 - 08h31

Como era previsível, acabou empacando em 36 o número de senadores que estão a solicitar, meio que tentando exigir de Rodrigo Pacheco que coloque em pauta o pedido de impeachment de Alexandre.

Houve a mobilização do 7 de setembro, discursos, pedido de impeachment que foi apresentado, pressão sobre os senadores via rede social e também pelo WhatsApp, mas, à medida que o tempo vai passando, o clima vai esfriando. A chance de uma evolução é muito pequena.

E olha que não faltam situações que estão a vulnerabilizar, a enfraquecer, a fragilizar a figura do imperador diminuto. A própria Casa Branca, através do porta-voz do presidente Biden, disse com todas as letras que se constitui em algo muito desfavorável para as liberdades o fato do X/Twitter ter sido banido do território nacional, atingindo algo em torno de 21 milhões de brasileiros.

Tio Sam

No Congresso americano, uma meia dúzia de deputados e senadores, republicanos, aliados de Donald Trump, apresentaram um projeto para criar dificuldades para aqueles que atuam como ditadores.

Inspiração

A motivação dos republicanos norte-americanos foi justamente a figura de Alexandre. Sua foto foi exibida, inclusive, na medida que ele tem colocado em risco a liberdade no Brasil, com censura prévia.

Drible

Nesta semana, houve mais um lance da queda-de-braço com o mega empresário sul-africano, mas residente nos Estados Unidos, Elon Musk, que conseguiu, através de outros servidores, reativar o X no Brasil, burlando uma decisão do imperador.

Distinção

Não se está aqui a defender que empresários estrangeiros venham a ignorar as nossas leis. O que ocorre é que tudo começou a partir das ilegalidades, das arbitrariedades, das inconstitucionalidades praticadas por Alexandre de Moraes. A partir da censura em massa imposta por ele já nas eleições de 2022 contra usuários do X.

Reação

As leis da Física já ensinam que, para toda ação, há uma reação. Por que Elon Musk se insurgiu? Porque Alexandre tomava decisões que colocavam em xeque as liberdades, que implicavam em censura prévia, e ainda não queria que o Twitter, o X, divulgasse que as decisões eram judiciais. Uma beleza, não é mesmo?

O imperador queria que a empresa assumisse para si o encaminhamento ilegal, ditatorial, de censurar usuários. Por que Musk não autorizou o X a fazer isso? Porque ele sabia que estava avançando o sinal e agindo ao arrepio da lei, além, é claro, da própria imoralidade dos seus atos, de modo que nós acabamos verificando e constatando que a imagem do Brasil acaba abalada no exterior por esses excessos.

Freio de arrumação

Alexandre precisa ser detido, contido, mas nem os seus colegas do Supremo Tribunal Federal fazem algo. O silêncio é, em última análise, a concordância de que ele pode continuar agindo nesses termos.

De fora

Se nada for feito, tudo continuará como está. E piorando. Hoje temos como principal resistência a tantas barbaridades, um estrangeiro, Elon Musk. Porque aqui, infelizmente, os congressistas empenhados em uma solução não têm força suficiente para reorganizar a República.

Personagem 

Elon Musk tem sido uma espécie de tábua de salvação. Mas essa manobra dele, de reativar o X por outros servidores, coloca também numa situação delicada o próprio Alexandre.
Esse vai e vem deixa claro que o empresário está meio que fazendo o Alexandre, em sua suprema soberba, de bobo.

Censura

Diante do drible de Musk, o imperador diminuto teve que largar uma outra decisão, aplicando multas milionárias ao X e à Starlink. Isso tudo acaba provocando desgaste a ele próprio, ao Supremo e ao Brasil no exterior.

Reta final

Por Cláudio Prisco Paraíso
20/09/2024 - 08h45

Contagem regressiva para as eleições municipais deste ano. O primeiro turno será em 6 de outubro. Em Santa Catarina a possibilidade de segundo turno existe em apenas três cidades.

Pela ordem são elas Joinville, Florianópolis e Blumenau. Já no próximo pleito 2028, São José será o quarto município nessa condição porque ultrapassará a casa dos 200 mil eleitores.

Nessas três cidades, pelas indicações até aqui, teremos a fatura liquidada, seguramente, em Joinville com a reeleição do prefeito Adriano Silva do Novo.

Em Florianópolis, as pesquisas apontam um equilíbrio entre a recondução de Topázio Silveira Neto ou possibilidade de realização do segundo turno. A briga hoje está entre Marquito Abreu e Dário Berger. Topázio certamente estará no round final, caso haja tal necessidade.

Chance real

O cenário é bem mais embolado em Blumenau, onde tudo leva a crer que haverá um pleito em dois turnos. Ali estão no páreo três candidaturas com uma musculatura indiscutível. Egídio Ferrari, do PL, apoiado não apenas por Jair Bolsonaro e Jorginho Mello, mas também pelo prefeito Mário Hildebrandt e pelo ex-prefeito João Paulo Kleinübing.

Vermelha

Só que o PT está representado pela deputada federal Ana Paula Lima, mulher de Décio Lima, duas vezes prefeito e hoje presidente nacional do Sebrae.
O Novo também tem perspectivas de carimbar o passaporte ao segundo turno na figura de Odair Tramontin.

Cabeça a cabeça

Ele já disputou a outra eleição e por muito pouco não foi para o segundo turno contra Hildebrandt, papel que coube a Kleinübing. Há uma disputa parelha entre a representante do PT e o representante do Novo para chegar ao segundo turno.

Dianteira

Egídio aparece com os dez pontos à frente. Mas, considerando que Jair Bolsonaro, se for a Blumenau, será apenas no segundo turno, tudo leva a crer que a decisão na Capital do Vale ficará para o dia 27 de outubro.

Pós-parto

Portanto, se, dos 295 municípios, muito provavelmente em 293 ou 294 deles o assunto será encerrado já no primeiro domingo de outubro, Jorginho Mello ficará em condições de começar a raciocinar, a partir da radiografia eleitoral das urnas, uma recomposição do governo. Para implementar uma reforma nos primeiros escalões da administração estadual, especialmente no colegiado e já vislumbrando 2026.

11 e 15

O PL tem tudo para apresentar uma boa performance agora em outubro, mas o comando partidário está de olho especialmente no PP e no MDB.

Contras

Claro que o PT é adversário, no contexto da polarização nacional; e o PSD é o inimigo político no estado. Os pessedistas tentam, de todas as formas, especialmente nos bastidores, prejudicar o governo. Então, PT e PSD estão fora, embora Paulinho Bornhausen esteja integrando o primeiro escalão como titular da Articulação Internacional.

Tríplice

Mas Jorginho Mello vai ficar de olho mesmo em progressistas e emedebistas. A ideia é tentar consolidar a presença das duas legendas, já que os dois partidos têm representantes no colegiado estadual. Silvio Dreveck representa o PP na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Jerry Comper representa o MDB na Secretaria de Infraestrutura.

Proa

Os dois partidos têm outras posições, sem tanta relevância no governo, mas no colegiado, são esses dois.

Gordura

Seguramente o governador vai oferecer, de acordo com o resultado das urnas, mais algumas posições a esses dois partidos. Até para tê-los no seu projeto de reeleição ali em 2026. O MDB, quem sabe ganhando mais duas posições, ou uma, se desidratar muito nesse pleito; e o PP seguramente um reforço, com mais um secretário.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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