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Contra o MDB

Por Cláudio Prisco Paraíso
27/02/2025 - 08h39

Na última segunda-feira à noite, Jorginho Mello recebeu, no Palácio Residencial, integrantes da bancada estadual e federal do MDB. Todos compareceram, com exceção do federal Rafael Pezenti. Lá estiveram a senadora Ivete Appel da Silveira, os deputados federais Carlos Chiodini e Valdir Cobalchini e os seis estaduais, que são exatamente Antídio Lunelli, Mauro De Nadal, Fernando Krelling, Tiago Zilli, Volnei Weber e Emerson Stein.

Além, é claro, do secretário de Infraestrutura e Mobilidade, o deputado estadual licenciado Jerry Comper. Antes de ingressarmos no raciocínio do evento em si, da confraternização, por que Pezenti não deu o ar de sua graça?

Ele é o único que discorda, não apenas da permanência, mas de uma maior representatividade do MDB no governo, numa clara sinalização de que não está comprometido com o projeto de reeleição de Jorginho Mello em 2026. Ele teria outro candidato? Seria, eventualmente, o prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues, do PSD?

Saindo?

Pezenti não está satisfeito no MDB. Chegou-se a especular que ele assinaria ficha no PL, afinal estava muito próximo de Jorginho Mello. E também continua em fina sintonia com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Distanciamento

Mas, nos bastidores, se fala que as reivindicações apresentadas em sua totalidade não foram acolhidas. O deputado federal iria para o PSD? Sim, porque no MDB ele começa a ficar sem ambiente. Ele foi o único ausente. Feita essa observação, retornamos ao convescote.

Pasta

Emerson Stein vai deixar a Assembleia e vai assumir a Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde. Como ele é o primeiro suplente, quem sobe para a Assembleia é segunda suplente, Rose Maldaner, ex-prefeita de Maravilha e mulher do ex-deputado federal Celso Maldaner, que já presidiu o MDB.

Proa

O partido hoje é pilotado por Carlos Chiodini, que, por sua vez, será investido, assim como o próprio Stein, no próximo dia 5, na posição de secretário da Agricultura e Pecuária.

A volta

Isso ensejará o retorno à Câmara do emedebista Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro, de Criciúma, que lá já esteve quando da licença de Chiodini para concorrer à Prefeitura de Itajaí durante a campanha eleitoral de 2022.

Outra frente

Acertados os ponteiros com o MDB, Jorginho Mello vai agora para uma segunda etapa, que é fortalecer o PP, já representado na figura do ex-presidente da Assembleia, Silvio Dreveck, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável.

Visibilidade

Tudo leva a crer que os três estaduais do PP, Pepê Colaço, José Milton e Altair Silva, venham reivindicar mais uma posição no primeiro escalão. Até porque Silvio Dreveck representa o senador Esperidião Amin e o presidente do partido, Leodegar Tiscoski.

Governo

Além de uma nova secretaria, Jorginho pode contemplar o PP também com algumas posições no segundo escalão. Assim como o MDB, foi atendido com a superintendência da Fesporte. Ou seja, é o governador alinhavando o seu processo de reeleição.

Adesões

Aqui ou ali, podem aparecer algumas dissidências, talvez, no MDB, mas minoritárias. Até porque Jorginho Mello está com a máquina, está com o governo na mão; e os prefeitos vão estar a ele alinhados. Assim como prefeitos de outros partidos, inclusive do próprio PSD.

Opções

Alguns até podem se filiar ao PL ou ao Republicanos. Outra opção é o novo PRD, partido da Renovação Democrática, resultado da fusão do PTB com o Patriota. E ainda há o União Brasil, que convidou Antídio Lunelli para ser candidato ao governo para compor chapa em eventual entendimento com Jorginho Mello.

Projeto

De modo que, efetivamente, a articulação de Jorginho Melo de olho em 2026 ganha ingredientes que podem, sem dúvida nenhuma, levá-lo a uma vitória ainda no primeiro turno. Até porque, vale lembrar, ele é o candidato de Jair Bolsonaro, que elegeu os últimos dois governadores, Carlos Moisés da Silva e o próprio Jorginho Mello.

Lula mais perdido do que cego em tiroteio

Por Cláudio Prisco Paraíso
26/02/2025 - 08h31

Não há nada que esteja muito ruim que não possa piorar. Isso é uma tradução para o governo Lula, governo esse que está mais perdido do que cego em tiroteio, que nem biruta de aeroporto.

É um governo que o presidente da República, além de estar derretendo nas pesquisas de opinião, o petista pilota um governo que está caindo pelas tabelas.

Não é apenas a desaprovação administrativa, mas também a rejeição ao presidente que está nas alturas. Por muitos e muitos anos, por vezes, os governos do PT, inclusive do próprio Lula, iam mal, mas a performance dele continuava inabalável.

O grande problema é que o Lula de hoje não é o Lula do início do milênio, quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, e reeleito, em 2006, apesar do mensalão. E, depois, do petróleo. Mesmo assim, ele foi muito bem.

O Lula de hoje, além da idade mais avançada, seguramente apresenta prejuízos de ordem cognitiva. Só pode ser essa a explicação, porque é um tiro atrás do outro no próprio pé.

O presidente, que sempre falou de improviso, vai precisar ser brifado, porque a cada fala o rombo aumenta.

Respingos

E a partir do momento em que o desarranjo econômico-financeiro ganha densidade e é percebido pela opinião pública, consequentemente, o governo passa a ter dificuldades no Congresso Nacional.

Movimento

Teremos agora, no próximo dia 16, uma grande mobilização “Fora Lula.” Ninguém quer saber de impeachment, porque impeachment implica na ascensão de Geraldo Alckmin assumir a proa. É isso que os conservadores não desejam.

Calendário

Mas, mesmo que esse venha a ser o desfecho, a grande verdade é que isso leva tempo.  A abertura, suponhamos, em meados do ano, de um pedido de impeachment, se as ruas estiverem mobilizadas, se o asfalto estiver sendo ocupado, é assunto para encerrar no Senado, com a cassação do mandato, quase às vésperas do período pré-eleitoral.

Abismo

Vejam a gravidade da situação, e o presidente Lula enrolando nessa questão da reforma ministerial, prometida e aventada desde setembro, outubro do ano passado, antes mesmo das eleições municipais, onde o desempenho do PT foi vergonhoso e, a derrota foi acachapante.

Pela imprensa

Agora, parece que Lula realmente vai demitir a ministra da Saúde e colocar lá o deputado Alexandre Padilha, que já ocupou esse ministério no governo Dilma Rousseff. Só que ele hoje é o responsável pela articulação do governo. Aliás, articulou muito mal nesses pouco mais de dois anos.

Coleção

O governo foi muito mais derrotado na Câmara e no Senado do que vitorioso. Verdade que aprovou pautas estratégicas, mas aí não dá para se posicionar de forma contrária.

Quem manda

Agora a grande verdade é que o centrão vai fazer uma série de exigências. O centrão é pragmático, frio e calculista. Ou Lula abre o governo para seus parlamentares, oferecendo vários ministérios, ou a coisa vai começar a se complicar, antes mesmo da eventualidade de um pedido de impeachment.

Dificuldades

O governo não vai conseguir mais aprovar nada, até porque o Congresso já percebeu que não vem pacote fiscal, não vem corte de gastos públicos, não vão tentar arrumar as contas do governo. E com isso, a tendência é que a recessão chegue, com o desemprego e o poder aquisitivo cada vez mais aniquilado. Quadro que está colocando praticamente o governo a nocaute.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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