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A retaliação do petismo

Por Cláudio Prisco Paraíso
15/10/2025 - 08h19

O governo Lula resolveu jogar pesado com o centrão. A ministra Gleisi Hoffmann acionou a tesoura e as demissões já se tornaram realidade desde a última sexta-feira, mas, de maneira mais intensa a partir desta segunda, 13.

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São cargos que vinham sendo ocupados pelo PP, pelo União Brasil, hoje União Progressista, pelo PSD, pelo Republicanos e até pelo MDB.
Como as respectivas bancadas desses partidos não se empenharam pela aprovação da Medida Provisória que ampliava uma série de impostos para gerar receita ao governo Lula em 2026, ano eleitoral, coincidentemente, veio o troco.
No melhor estilo Lula, Gleisi e cia.
O Palácio do Planalto imagina que, com isso, vai conseguir reverter a situação. Ledo engano.
Por mais que Lula da Silva tenha dado uma leve respirada depois do tarifaço de Donald Trump, a grande realidade é que a sua rejeição alcança a casa de 51 pontos percentuais.

Espuma

Ele pode até estar liderando em todos os cenários. Contudo, a sua perspectiva de ganhar a eleição no segundo turno é muito limitada, justamente em função da elevada rejeição.
Não é novidade para ninguém que o nome favorito da direita para enfrentar o atual inquilino do Palácio do Planalto é o governador paulista Tarcísio de Freitas.

Pulverizando

Mas, desde que os conservadores estejam todos mobilizados e unidos em torno de um mesmo projeto.
Seja no primeiro turno com Tarcísio de Freitas ou seja no segundo turno, caso ocorra uma pulverização de candidaturas como Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Júnior.
Em qualquer dessas duas alternativas, as perspectivas são alentadoras para a direita derrotar Lula da Silva.

Espectro

Ao que parece, a estratégia é equivocada porque além de retaliações dos partidos de centro, centro-direita, do próprio centrão, o governo passa, inevitavelmente, a imagem de que mais do que nunca está fechado com os partidos ideologicamente à esquerda.

Invasor

Tanto é que nos próximos dias Lula da Silva deve confirmar Guilherme Boulos, do PSOL, especialista em invadir propriedades privadas, na Secretaria-Geral da Presidência da República.

Antessala

O cargo dá assento no Palácio do Planalto, ou seja, passa a sensação, não só à opinião pública, ao eleitorado em potencial, mas, também, ao Congresso, Câmara e Senado, de que ele deseja fechar fileiras com os partidos de esquerda, esquecendo que isso torna-se insuficiente para buscar a reeleição.

História recente

Tal contexto já ficou evidenciado em 2022. A deidade vermelha colocou o ultradireitista, tucano da gema, Geraldo Alckmin, para ser seu vice.
Sem dúvida nenhuma, esse estratagema atraiu votos preciosos do espectro da direita e do centro naquela eleição.

Tiro no pé

Agora, a partir do momento em que Lula busca uma identificação exclusivamente com a esquerda, fica uma margem muito estreita para ampliar o seu eleitorado, ainda mais com uma rejeição nesse patamar.

De fora

Há quem diga, evidentemente, que Bolsonaro tem mais rejeição, Michelle igualmente ou o próprio Eduardo Bolsonaro, mas, nenhum dos três será candidato.

Típico

Está faltando ao PT, pra variar, a sensibilidade e a percepção de que um enfrentamento com todo o centro e com toda a direita, tendo na cabeça um candidato agastado, porque já está na estrada há mais de 40 anos, numa hipotética sétima candidatura à Presidência, isso tudo faz com que o caminho da direita, do centro, ou melhor, dos conservadores, tenha tudo para ser bem-sucedido.
Ainda mais considerando a situação econômico-financeira do país.

Jorginho e João trocam gentilezas em Chapecó

Por Cláudio Prisco Paraíso
14/10/2025 - 08h16

O final de semana foi rico sob o aspecto político em Santa Catarina. Na sexta-feira, Jorginho Mello participou da abertura da EFAPI em Chapecó.

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Festa que teve como anfitrião o prefeito João Rodrigues. Mas, o governador, de certa forma, acabou roubando a cena. Porque lá foi, fez o discurso de encerramento e anunciou uma série de ações administrativas com assinatura de convênios e ordens de serviço, tendo ao lado o prefeito da cidade, que é pré-candidato ao governo pelo PSD.
Havia um certo ceticismo, da parte de liberais, de que o governador poderia ser encurralado. No entanto, não houver situações que pudessem constranger o chefe do Executivo estadual. Muito pelo contrário. Os pessedistas é que ficaram incomodados com a desenvoltura de Jorginho Mello.
De qualquer forma, o ambiente foi marcado pela civilidade. Ficou evidenciado que o governador não perde a oportunidade para se posicionar. Tanto no contexto administrativo como no político.

Arco

Até porque, entrevistado ao final da agenda, ele deixou claro que já conta com todos os partidos com ele. E que, se o PSD assim desejasse, seria bem-vindo à aliança. Isso num final de semana em que Carlos Bolsonaro resolveu assumir por inteiro sua pré-candidatura ao Senado.

Cidadão josefense

Ele, que está na iminência de renunciar ao mandato de vereador, o quinto na Capital fluminense, já praticamente está com residência fixa em São José. O 02 acompanhou Jorginho Mello e a deputada federal Carol De Toni pelo Oeste. Inicialmente em Herval d’Oeste, o berço político do governador.

Trajetória

Ainda muito jovem, Mello se elegeu vereador na cidade. Muito antes de seguir a carreira política, de fato, quando conquistou quatro vezes o mandato de deputado estadual, duas vezes de federal, chegou ao Senado e hoje é governador. Além desse evento do Rota 22, que é uma mobilização do PL por vários municípios catarinenses, o trio liberal foi a Treze Tílias.
Estamos em outubro, mês de Oktoberfest em Blumenau; Marejada em Itajaí; Fenarreco em Brusque; assim como também há festejos em Treze Tílias, o tirol catarinense.

Tripé

Lá estavam os três. Carluxo fez discurso, foi tietado, fez selfies, dançou, abraçou populares, deixando claro que, mesmo que o irmão primogênito, Flávio, venha a compor uma chapa presidencial como vice, ele disputará o Senado em Santa Catarina e não pelo Rio de Janeiro.

Liderança

Muito provavelmente porque pesquisas preliminares indicaram que as chances de Carlos Bolsonaro seriam bem melhores em território catarinense do que em solo carioca. Agora, o curioso é que 02, em uma de suas falas, lançou o nome de Carol De Toni ao Senado. Sugeriu, nas entrelinhas, uma dobradinha com a jovem líder do PL catarinense.

Liberais

E foi além. Afirmou que a trajetória dela será de grande sucesso em Santa Catarina, diferentemente do que vem sustentando o próprio governador, que preside o PL estadual. Jorginho Mello tem dito que uma vaga ao Senado é do PL, de Carluxo; e a outra seria do União Progressista, na figura de Esperidião Amin, que, aliás, também estava na abertura da EFAPI. Ao lado de outro senador, Jorge Seif.

Digerindo?

Amin circulou mais contido, mais na dele, sem estar muito sorridente, como normalmente ocorre. Talvez percebendo o quadro que se avizinha. Carluxo deixa Jorginho Mello numa situação delicada ao defender chapa pura ao Senado pelo PL.

Espaço

Aí só sobraria uma vaga de vice. Será que, circunstancialmente, estaria raciocinando o governador na possibilidade de entregar a vice para um pessedista, deixando os tradicionais rivais de mais de 40 anos em Santa Catarina, MDB e PP, fora da chapa majoritária? Essa é a indagação que está no ar.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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