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Completamente sem rumo

Por Cláudio Prisco Paraíso
17/10/2025 - 08h02

Tudo leva a crer que o governo, o presidente Lula e o PT andam preocupados com o quadro nacional, sobretudo no contexto eleitoral de 2026. Só isso para explicar os recentes movimentos governamentais e partidários.

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Senão vejamos. A semana começou com a ministra Gleisi Hoffmann anunciando o desembarque de vários ocupantes de cargos federais vinculados ao PP e ao União Brasil, que formam a Federação União Progressista, mas, também, do Republicanos, do PSD e até do MDB. Isso na segunda-feira.
Na terça, Gleisi veio novamente dizendo que a limpeza será profunda e que não terá tréguas para aqueles que não estão a respaldar o governo. A reação foi imediata. Das bancadas citadas, e do Centrão como um todo. Na mira estão pautas que vão ser colocadas em discussão e votação, que não interessam ao governo, como, por exemplo, a anistia.

Carga

Outras matérias de interesse do Palácio do Planalto, com risco de derrota, assim como ocorreu na Medida Provisória que objetivava produzir receita para 2026 ao governo, criando vários impostos.

Batendo pino

Não bastasse esse clima adverso no Congresso, Lula da Silva se superou e fez uma declaração que vai dar muito pano para manga, especialmente na próxima semana, quando Congresso terá uma pauta repleta de votações. A fervura tende a subir.

Nas redes

Na quinta-feira a repercussão foi considerável, mesmo com parlamentares já retornando aos seus respectivos estados. Lula disse que esse é o pior Congresso que ele já viu e deu essa disparada, essa criticada, diante do Presidente da Câmara, em um evento em homenagem aos professores no Rio de Janeiro.

Elogios

Ali, aliás, Hugo Motta chegou e já foi vaiado no embalo do coro sem anistia. Na sequência, Lula falou isso na cara do Presidente da Câmara.

Boca de siri

Motta nada disse, calou-se, silenciou, mergulhou. Vejam só. Ele será cobrado por seus pares por não ter reagido. Pelo menos fisionomicamente ou se retirando do recinto. Se apequenou.

Fraco

Registre-se que ele já não vem dando conta do recado. Quem, na verdade, continua pilotando a Câmara dos Deputados é o seu antecessor, que foi quem o colocou na cadeira, Arthur Lira.

Desespero

A sensação que fica, com esses dois movimentos, as demissões e essa declaração presidencial, é que o desespero pode estar batendo, diferentemente dessas pesquisas encomendadas e do comportamento chapa branca da mídia velhaca e vendida, em sua esmagadora maioria no plano nacional.

Realidade

Apesar disso tudo, nas internas os petistas devem ter informações preocupantes, porque nada explicaria um disparate dessa envergadura de Lula da Silva.

Marco

Importante se ter em mente que isso pode ser um divisor d’águas. Já ingressamos na segunda quinzena de outubro, com o fim do ano batendo às portas. Logo chegará o Natal, depois a virada do ano, o Carnaval, na metade de 2026 tem a Copa do Mundo e eleição.

Contra o tempo

Portanto, é um período curtíssimo para deputados se atrelarem a um governo caindo, literalmente, pelas tabelas. O Brasil voltou. Com a crise econômico-financeira sem precedentes e lembrando a de Dilma Rousseff em 2016, quando ela restou impedida.

Deidade

Lula não corre o risco de ser cassado. Os esquerdistas e petistas que fiquem tranquilos quanto a isso, mas esses dois movimentos de demissões e essa declaração de Lula nos lembra quando Dilma Rousseff resolveu lançar um candidato do PT contra Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara. Ali ela selou o seu futuro. E muito provavelmente Lula está caminhando na mesma direção da pupila.

Jorginho visita Jair

Por Cláudio Prisco Paraíso
16/10/2025 - 07h43

Na próxima quarta-feira, Jorginho Mello vai se encontrar com Jair Bolsonaro em Brasília. A solicitação foi feita pelo governador ao ministro Alexandre de Moraes.

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Será o primeiro encontro depois da prisão domiciliar. Além de prestar solidariedade ao ex-presidente, o objetivo é alinhar encaminhamentos eleitorais em Santa Catarina para 2026.
Embora ainda haja muito tempo para definições, a ideia é manter a conversa atualizada.
Jorginho Mello tem plena consciência de que Jair Bolsonaro foi decisivo em sua eleição ao governo em 2022.
Além disso, dois de seus cinco filhos vão concorrer em Santa Catarina: o vereador por Balneário Camboriú, Renan, a deputado federal; e o vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Carluxo), ao Senado da República.

Diapasão

A sintonia precisa estar finíssima, sem ruídos.
Na semana passada, dois pretensos candidatos ao Senado também estiveram com Jair Bolsonaro: Carol De Toni e Esperidião Amin.
Ao que consta, ambos saíram animados da conversa, estimulados ao projeto eleitoral.
Mas como Jair Bolsonaro impôs Carluxo, só há uma vaga ao Senado.

Equação

Como acertar os ponteiros?
Encaixar Carol De Toni como vice? Certo.
Mas, nessa situação, o MDB seria desprezado?
O MDB está no governo desde 1º de janeiro de 2023, assim como o PP.
Como ficaria esse encaminhamento?

Morro abaixo

Na sexta-feira passada, o governador conversou com as principais lideranças do PSD, estimulando-as a participar de seu projeto de reeleição.
Jorginho objetiva uma composição para ter a chamada “eleição de morro abaixo”.

Portas abertas

João Rodrigues reiterou sua intenção de concorrer ao governo do Estado.
Mas, na eventualidade futura de acenar com o entendimento, aonde entraria o PSD nesta chapa?
Com Jorginho e Carluxo já definidos, entre Carol e Esperidião, quem vai sobrar?
E ainda tem o MDB.

Vagas

Como o PSD vai entrar nessa composição?
É justamente isso que Jorginho Mello pretende deixar mais ou menos engatilhado com o ex-presidente.
Com outro detalhe: Flávio Bolsonaro indicou Esperidião Amin; Jair Bolsonaro avalizou Carluxo, seu filho; e Michelle Bolsonaro vinha pedindo por Carol De Toni.

Rivalidade

Ela pode sobrar, ficar de fora da majoritária, e ainda ver a possibilidade de seu rival de Chapecó, João Rodrigues, ser contemplado.
Michelle Bolsonaro, aliás, não nutre simpatia alguma pelo prefeito de Chapecó — muito pelo contrário, tem sérias restrições em relação ao pessedista.

Calendário

Todos esses assuntos estarão na pauta da conversa da próxima semana entre Jorginho Mello e Jair Bolsonaro.
Algo poderá transpirar, evidentemente, mas ainda há muita água para rolar debaixo da ponte até as eleições de outubro do ano que vem.
As convenções homologatórias se encerram em 5 de agosto de 2026.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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