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Movimento certeiro

Por Cláudio Prisco Paraíso
20/02/2025 - 08h35

Pelo visto, o governo Jorginho Mello voltou para o prumo no contexto da articulação política. Depois de quatro meses de declarações equivocadas e movimentos erráticos, a administração estadual acertou o passo. Isso coincide com a chegada do experiente Kennedy Nunes como secretário-chefe da Casa Civil. Ele já cumpriu quatro mandatos de deputado estadual. Kennedy vinha respondendo, com êxito, pelo Detran. Era o diretor-geral. Na segunda-feira, Jorginho Mello bateu o martelo e acertou a presença mais efetiva do MDB no governo.

O deputado estadual licenciado Jerry Comper continua na poderosíssima Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade. Por sua vez, chega ao governo o deputado federal Carlos Chiodini, que vai assumir a Secretaria da Agricultura com porteira aberta, montando toda a equipe na pasta e também tendo a liberdade de montar os integrantes de duas empresas estratégicas, Epagri e Cidasc.

Chiodini já foi a Brasília para sacramentar a sua licença, assim como ocorreu na campanha, quando ele concorreu à Prefeitura de Itajaí. Quem assumirá é o correligionário Luiz Fernando Vampiro, de Criciúma.

Suplência

A terceira posição emedebista no governo fica para o suplente, que vinha exercendo o mandato na vaga de Comper, Emerson Stein, que vai responder pela Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde. A Fesporte será comandada por Vinícius Bion, indicação do líder da bancada emedebista na Assembleia, Fernando Krelling.

Pisando em ovos

O MDB, evidentemente, toma todos os cuidados. Não há apoio automático e assegurado para 2026 no projeto de reeleição de Jorginho Mello.

Proximidade

Mas, evidentemente, se já havia essa possibilidade com um único representante no colegiado, agora com outros dois e ainda outra posição no segundo escalão, a perspectiva de Jorginho ter o MDB como aliado se consolida.

Batendo um bolão

Jorginho Mello, com a ajuda de Kennedy Nunes, agora vai também reforçar a presença do PP, representado hoje no colegiado pelo ex-presidente da Assembleia, Silvio Dreveck, titular do Desenvolvimento Econômico Sustentável.

Triplo

Já estamos falando de dois partidos. Além do Republicanos, que é comandado pelo deputado federal Jorge Goetten, intimamente ligado a Jorginho, e pelo seu próprio irmão, Juca Mello.

Fusão

De quebra, ainda tem o PTB, que foi pilotado no estado por Kennedy Nunes. A legenda nem existe mais, se fundiu ao Patriota, resultando no PRD, Partido da Renovação Democrática. São, portanto, PL, Republicanos, PRD, MDB e PP. Cinco partidos sob o guarda-chuva do governador.

Aproximação

Também há conversas muito adiantadas, não com a direção do Partido Novo, mas com a sua principal liderança em SC, o prefeito reeleito com quase 80% dos votos, Adriano Silva, que administra o maior município estadual, sob o aspecto populacional, eleitoral e econômico.

Morro abaixo

Portanto, o arco de aliança de Jorginho Mello, sinalizado para 2026, é robusto. Evidentemente, essa articulação poderá ser ampliada, recebendo outros partidos como União Brasil, por exemplo, principalmente se a sigla acolher a filiação do deputado estadual Antídio Lunelli.

Nesse quadro que fica estabelecido, Jorginho Mello, apoiado por Jair Bolsonaro, procura encaminhar uma eleição de primeiro turno.

Lula derrete

Por Cláudio Prisco Paraíso
19/02/2025 - 08h23

Este final de semana foi tenebroso para o governo Lula. Foi desanimador para o PT e foram os piores dias para o atual inquilino do Palácio do Planalto. Tudo porque vieram a público duas pesquisas de institutos historicamente muito bem adestrados e caprichosamente simpáticos ao PT e a Lula da Silva. Nos referimos ao Datafolha e ao Ipec, que é o antigo Ibope, de grandes jornadas eleitorais muito bem conhecidas pelo povo brasileiro.

Dois institutos controversos para ser o mais ameno possível. O Datafolha veio com a aprovação de Lula desabando para 24%. É o pior de todos os seus mandatos, segundo o instituto. A queda foi de 11 pontos em apenas dois meses, algo inédito para o político petista.
Uma reprovação à administração, que saiu de 34% nesse mesmo período e foi a 41 pontos percentuais.

Observemos a situação. Os dois pontos referenciais para essa perda substancial de aprovação. O primeiro, claro, o episódio do PIX, pelo qual o governo pretendia controlar todas as transações superiores a R$ 5 mil.

Negativo

Diante da reação popular, o governo puxou o freio de arrumação e Lula obrigou o ministro da Fazenda a revogar a medida.

Nas alturas

Mas não foi só isso não. Claro que a inflação provocada pela alta dos alimentos é algo que preocupa o Palácio do Planalto. A disparada nos preços evidencia claramente a razão de Lula estar despencando especialmente no eleitorado nordestino, pobre e sem instrução, que majoritariamente o elegeu em 2022.

Resgate

O pior número aferido por Lula da Silva em termos de aprovação de um de seus governos foi lá em 2005, no auge do escândalo do mensalão, denunciado pelo então deputado Roberto Jefferson.

Mensalão

O governo pagava deputados, senadores, parlamentares do Congresso para aprovar as matérias. Naquela oportunidade, a aprovação chegou a 28%.
Agora está em 24%. Situação desesperadora para o governo.

E agora?

O que vão fazer? Vão desistir de Lula da Silva como candidato à reeleição em busca de um quarto mandato? Ou vão lançar outro nome? Mas qual o candidato? Ninguém foi preparado, essa é a grande verdade. Nunca cresceu ninguém no entorno de Lula da Silva. Ele não preparou sucessores. Aí entra, também, a pesquisa do IPEC. 62% dos brasileiros rejeitam a ideia de Lula buscar a reeleição em 2026. Isso mesmo, 62%.

Pra baixo

E veja que o apoio à reeleição de Lula caiu quatro pontos, de 39% para 35%. O descontentamento reflete uma insatisfação crescente que atinge inclusive eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022.

Percentual

Cerca de 30% desse grupo afirma que não deseja ver o presidente disputando novamente o cargo. Quase um terço daqueles que votaram em Lula. Em relação àqueles que votaram em Jair Bolsonaro, aí é quase a unanimidade, chegando a 95%.

Brancos e nulos

Agora, tão grave quanto os 30% que votaram nele e que não querem vê-lo candidato novamente, são aqueles que votaram em branco ou que anularam o voto. 68% não querem saber da candidatura de Lula. Ou seja, esses números, tanto em relação à aprovação do governo quanto em relação à insatisfação de uma nova candidatura de Lula, fizeram soar o alarme no Palácio do Planalto.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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