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Um pouco de história

Por Cláudio Prisco Paraíso
13/03/2025 - 09h13

1994. Foi o ano da eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República, embalado pelo sucesso do Plano Real. Assim que assumiu, FHC iniciou a mobilização, transformando o Congresso em um verdadeiro balcão de negócios, para viabilizar a emenda, da reeleição dele em 1998, que acabou se concretizando.
Só que em 1994 foi o primeiro ano em que passaram a valer eleições em dois turnos no âmbito estadual. Em 1982, 1986 e 1990, as eleições de Esperidião Amin, Pedro Ivo Campos e Vilson Kleinübing ocorreram em turno único.
A partir de 1994, já houve, no primeiro embate, eleições em dois turnos, com Angela Amin e Paulo Afonso Vieira. Quatro anos depois, em 1998, tentando a reeleição, Paulo Afonso foi derrotado por Esperidião Amin no primeiro turno.
Ele abriu quase um milhão de frente. Então, o mesmo que havia derrotado a sua mulher, foi vencido por ele quatro anos depois.

Nas alturas

Em 2002, Esperidião Amin apresentava nível de aceitação de sua gestão e também de intenção de voto na casa dos 65 pontos percentuais.

Azarão

Luiz Henrique da Silveira aparecia abaixo de dois dígitos, mas tivemos a onda vermelha, que culminou, na quarta tentativa, na eleição de Lula da Silva, e isso fez com que a votação não apenas de LHS, mas como também a de José Fritsch, fosse potencializada, impulsionada.

Fora da curva

A tendência natural seria que Esperidião repetisse 1998 e ganhasse no primeiro turno. Mas, Luiz Henrique acabou pegando uma carona, também, na onda vermelha, que permitiu que José Fritsch, correligionário de Lula, registrasse uma importante votação. E aí a eleição foi para o segundo turno.

Timing

Eleição de segundo turno, costumamos dizer, é uma nova eleição. Luiz Henrique ficou com a segunda vaga, com uma vantagem de três pontos percentuais em relação a José Fritsch.

Surfando

Então, o que ocorreria com Fritsch ocorreu com LHS, que Lula co-apoiou na disputa do segundo turno durante o embate presidencial com José Serra.

Batendo asas

O tucano ficou com o Esperidião Amin no primeiro turno, o que frustrou Luiz Henrique, e ainda no primeiro turno, o então candidato ao Senado, Casildo Maldaner, já havia declarado apoio a Lula, e aí o caminho ficou aberto.

Raspando

Por apenas 20 mil votos, Luiz Henrique derrotou o Esperidião Amin e foi para 2006 novamente contra ele, com todas as chances de ganhar no primeiro turno.

Pedras no caminho

Mas uma série de percalços administrativos, políticos e partidários, acabaram o impedindo, mas ele prevaleceu no segundo turno contra o próprio Esperidião Amin. Já em 2010, assim como em 2014, Raimundo Colombo elegeu-se e reelegeu-se, em ambos os casos, no primeiro turno, assim como o Esperidião em 1998.

Desconhecido

Depois, em 2018, Moisés foi para o segundo turno com Gelson Merisio. Ficou atrás dele por uma pequena margem, e virou eleição.

Direita

Em 2022, foram para o segundo turno Jorginho Mello e Décio Lima. Com Bolsonaro de dono do pedaço, Jorginho Mello fez mais de 70% dos votos e se elegeu governador.
Então, temos um certo equilíbrio entre eleição no primeiro turno ou disputa no segundo turno em Santa Catarina. As atenções agora convergem para 2026.

Caminho natural

Por Cláudio Prisco Paraíso
12/03/2025 - 09h01

O deputado federal Carlos Chiodini, desde que assumiu a Secretaria de Agricultura e Pecuária, tem afirmado que a tendência natural é que o MDB se coligue com o projeto de reeleição de Jorginho Mello com vistas ao pleito de 2026.  Vale lembrar que Chiodini, deputado federal, continua à frente do partido em Santa Catarina.

E ele, também, frequentemente relembra as situações pretéritas e mais recentes envolvendo a agremiação. Em 2018, o partido foi de candidato próprio com o então deputado federal Mauro Mariani, apoiado por Chiodini.  Mas a definição ocorreu na undécima hora, porque o então governador, em mandato-tampão, o emedebista Eduardo Pinho Moreira, fez de tudo para inviabilizar Mariani como candidato.

E deu no que deu. Mariani ficou fora do segundo turno. Gelson Merisio carimbou passaporte e acabou fazendo companhia a Carlos Moisés, que só foi para a grande final e se elegeu graças ao PSL, o 17, de Jair Bolsonaro. Naquele pleito, o hoje liberal elegeu-se presidente e aqui em Santa Catarina, no segundo turno, fez quase 76% dos votos.

Sequência

Transcorridos quatro anos, o MDB se preparou para uma candidatura própria. A expectativa era retomar aquilo que se constituiu em algo consagrado em Santa Catarina no contexto eleitoral, que é a presença do maior partido no segundo turno ou disputando o governo quando tínhamos eleição de turno único.

História

Vale relembrar que Jaison Barreto disputou contra Esperidião Amin, em 1982, e acabou perdendo por 12,5 mil votos. Depois, na sequência, em 1986, Pedro Ivo Campos foi eleito governador contra Vilson Kleinübing. Em 1990, Kleinübing suplantou Paulo Afonso Vieira, que veio a se eleger quatro anos depois, em 1994.

O retorno

Em 1998, Esperidião Amin derrotou Paulo Afonso Vieira. Em 2002, foi derrotado por Luiz Henrique da Silveira, que se reelegeu contra o próprio Amin em 2006.  Em 2010, o MDB não lançou candidato. Apoiou Raimundo Colombo, então alistado no PFL, indicando Eduardo Moreira de vice. Foi assim, também, em 2014. Ambas as eleições sob o aval e o comando de Luiz Henrique da Silveira.

Recente

Em 2018, foi o ponto fora da curva. E foi justamente em 2022 que o MDB puxou o tapete de Antídio Lunelli, que correu o estado para ser o candidato natural ao governo. Mas, uma parcela majoritária do MDB resolveu compor com Carlos Moisés, indicando Udo Dohler, ex-prefeito de Joinville, para vice do então governador.  E mais uma vez o MDB ficou fora de segundo turno.

Visão

Por isso, Carlos Chiodini coloca o seguinte: não dá para deixar o fechamento, os encaminhamentos definitivos para a última hora. O MDB não pode novamente morrer na praia. Por isso, que com a presença agora mais efetiva do partido no governo Jorginho Mello, ocupando três secretarias e posições de segundo escalão, ele entende que, ao natural, o MDB estará no projeto de recondução do atual governador, possivelmente indicando o vice na chapa ao governo.

Cláudio Prisco Paraíso

Blog do Prisco

Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.

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