Santa Catarina conta hoje com cinco ex-governadores. O mais longevo deles é Jorge Konder Bornhausen, que administrou o estado de 1979 a 1982.
Já está fora de combate, até pelo avançado da idade, mas foi alguém que honrou e representou muito bem Santa Catarina para o Brasil em dois mandatos de senador, além de ter presidido, por 14 anos, o Partido da Frente Liberal.
Exímio articulador, esteve durante muitos anos no centro das principais costuras políticas do país.
Ele foi sucedido, já na retomada das eleições diretas, por Esperidião Amin, que havia sido seu secretário de Transportes. Eles formaram dobradinha em 1982. Amin continua em plena atividade e é o único ainda detentor de mandato.
Longevidade
O progressista está no segundo mandato de senador. Foi duas vezes governador, duas vezes prefeito de Florianópolis e exerceu quatro ou cinco mandatos de deputado federal. Muito provavelmente será candidato à reeleição em 2026.
Tripé
Na sequência, temos três ex-governadores mais jovens. Paulo Afonso Vieira, que foi sucedido por Amin em 1998, havia derrotado, em 1994, Angela Amin. Cumpriu apenas um mandato de governador, embora, a partir de 1998, já houvesse a possibilidade de reeleição. Paulo Afonso foi derrotado por quase um milhão de votos por Esperidião Amin.
Apagados
Depois disso, teve apenas um mandato de deputado federal e, antes de ser governador, dois mandatos de deputado estadual. Paulo Afonso não tem condições eleitorais de voltar à vida pública. Mesma situação de Carlos Moisés da Silva. Os dois, se forem para as urnas, terão dificuldade para se eleger.
Perfis
Paulo Afonso, no entanto, teve uma história, uma trajetória, diferentemente de Carlos Moisés, que caiu de paraquedas como candidato a governador e foi eleito na onda Jair Bolsonaro em 2018. E se restringiu a esse mandato.
Morreu na praia
É verdade que Moisés buscou a reeleição, mas nem para o segundo turno conseguiu vaga. O ex-governador chegou a ameaçar voltar em 2024. Embora seja florianopolitano, mora há décadas em Tubarão. Seu nome chegou a ser cogitado para disputar a prefeitura da Cidade Azul. No entanto, recuou.
Será?
Agora fala-se em sua filiação ao Podemos para ser candidato a deputado federal ou estadual. Paulinha Silva, que preside a sigla em SC, gostaria que ele fosse candidato a estadual, porque ela disputará a vaga de federal e, assim, dobraria com ele no Sul do estado.
Restrito
A grande verdade é que a perspectiva eleitoral de Moisés é muito pequena. Ele pertence ao Republicanos, mas como a sigla está sob o comando de Jorge Goetten e tem como primeiro-vice Juca Mello, irmão de Jorginho Mello, evidentemente ele não deseja continuar lá, até pelo contencioso que tem com o atual governador. Ocorre que o Podemos deve apoiar o projeto de recondução de Jorginho Mello.
Voo solo
Nesse caso, Carlos Moisés não pediria votos para Jorginho e faria apenas uma eleição isolada, dobrando com a candidata a federal Paulinha Silva. Aliás, Júlio Garcia fez isso em 2018, desvinculando-se completamente de Gelson Merisio, com quem estava rompido. Ambos, à época, já filiados ao PSD.
Serrano
Para encerrar, o outro ex-governador ainda entre nós é Raimundo Colombo. Este teve uma trajetória ainda maior do que a de Paulo Afonso Vieira. Foi deputado estadual, deputado federal, três vezes prefeito de Lages, senador e duas vezes governador eleito no primeiro turno. Só que nas últimas duas eleições para o Senado, Colombo sofreu pesados reveses.
Tapetão
Ainda filiado ao PSD, ele segue na expectativa de um julgamento envolvendo Jorge Seif. Caso este tenha o mandato cassado, a esperança do PSD é que Raimundo Colombo assuma automaticamente, mas isso é improvável. A ação que pede a degola de Seif é patrocinada pelo próprio PSD.
Novo pleito
Uma nova eleição seria realizada em caso de cassação do senador do PL. Se Raimundo Colombo tentará, pela terceira vez consecutiva, voltar ao Senado, ainda é uma incógnita.
O fato é o seguinte: hoje Santa Catarina tem cinco ex-governadores vivos, e o único que continua com mandato e com perspectiva de prosseguir é Esperidião Amin, que completará 79 anos dois meses depois das eleições de 2026.
Brasileiros e catarinenses foram impactados com o anúncio do tarifaço norte-americano, decretado pelo presidente Donald Trump. Claro que tal encaminhamento já era aguardado e passa a vigorar a partir desta sexta-feira. Mas é quando ele se torna irreversível que as entidades representativas do empresariado começam a fazer as contas. A priori, Santa Catarina tem, ou terá, o quarto maior prejuízo financeiro, algo em torno de R$ 1,7 bilhão.
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Agora, em relação à queda do PIB, o Produto Interno Bruto, a previsão é de 0,31%. Sob essa ótica, SC será o segundo estado mais prejudicado.
Evidentemente, tudo vai depender do detalhamento do pacote anunciado pelo governo americano. Até porque quase 700 produtos foram, na undécima hora, retirados e ficaram de fora do tarifaço.
Santa Catarina é fortemente atingida porque é um estado essencialmente exportador e com uma economia diversificada, o que traz um prejuízo considerável. Ninguém em sã consciência defende o tarifaço, evidentemente que não.
Efeito cascata
É algo que vai gerar quebradeira, especialmente de empresas de pequeno e médio porte. E os catarinenses serão atingidos porque justamente esse é o perfil do estado: pequenas e médias propriedades, pequenas e médias empresas e muitos empreendedores, micro e médios empreendedores.
País no abismo
Tudo isso está ocorrendo justamente pelo descalabro vivido no Brasil nos últimos dois anos e meio em relação ao atual governo, que tomou posse em 1º de janeiro de 2023. Aliás, não se trata de um governo, é um desgoverno. O Brasil virou um narco-Estado ditatorial e com a economia combalida.
Brasil quebrado
O que já viria com desemprego e também perda de renda e de poder aquisitivo do brasileiro vai chegar mais cedo por causa dessas medidas anunciadas pelo presidente norte-americano. Mas daí a querer imaginar que a população vai engolir essa conversa mole, essa narrativa de Lula da Silva, de que isso é o que provocou o desarranjo econômico-financeiro... Esqueçam! O povo não é bobo: já vinha sentindo na pele, e agora vai sentir mais ainda.
Onda
Num primeiro momento, os preços até vão cair nas prateleiras, mas o desemprego vai chegar. Num segundo momento, ali pelo fim do ano e início do próximo, os preços também vão aumentar.
Único responsável
O eleitorado brasileiro vai colocar isso na conta de Lula da Silva, que há três anos vem atacando Donald Trump, antes mesmo dele assumir esta nova candidatura à Presidência da República, enquanto estava às turras com a Justiça americana. Depois, continuou soltando sua língua suja contra o candidato republicano.
Esquerdopatia
O próprio inquilino do Palácio do Planalto anunciou apoio inicialmente a Joe Biden. Na sequência, respaldou Kamala, além de proferir uma série de impropérios, provocações, desafios e ataques a Donald Trump. Tudo no mais baixo nível, deprimente, o que levou o Brasil a se tornar um pária mundial.
Passou dos limites
A paciência se esgotou. Daí eles ficam nessa conversinha de soberania nacional e não sei o quê, mas só têm que ter soberania nacional em relação aos Estados Unidos. Para a China, para a Rússia e para o Irã – três ditaduras brutais – não precisa.
Comprinhas
Houve até navio militar do Irã atracando no Rio de Janeiro. Comprar combustível da Rússia, que invadiu a Ucrânia, também pode. Sem falar nas negociações comerciais que comprometem a nossa soberania com a ditadura da China. Isso tudo vai vir à luz do dia.
Clareando
Se muitos ainda não estão enxergando, até outubro do ano que vem o brasileiro vai perceber quem é o principal e grande responsável pelo tarifaço, que não tem como objetivo recolocar Jair Bolsonaro na disputa presidencial ou assegurar a anistia.
Contra a canalhice
O principal motivo é dar uma lição na postura leviana e irresponsável de Lula e, especialmente, dar um basta no arbítrio, nas arbitrariedades e no autoritarismo do Supremo Tribunal Federal, notadamente na figura do ministro Alexandre de Moraes, este já sancionado individualmente.
Já era
O Estado Democrático de Direito no Brasil acabou há muito tempo. Hoje vivemos a ditadura da toga, e o governo americano deu uma resposta à censura e à falta de liberdade no Brasil. Simples como dois mais dois são quatro.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.