Deixo bem claro que ao escrever este comentário repudio qualquer forma de agressão – em qual for o embate.
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A cena que viraliza desde o momento fatídico, lamentável, que ganhou repercussão sem precedentes, a partir do que temos acompanhado após a cadeirada que o candidato a prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) deferiu em seu oponente Pablo Marçal (PRTB), durante debate na TV Cultura, na noite de domingo, 15 de setembro, pra mim sugere o famoso jargão “pediu pra levar choque”.
Nesse contexto, eu vejo que essa agressão sugere dupla interpretação. Pedir para levar choque é quando o indivíduo faz alguma provocação a outro. É uma situação que se concretiza quando há uma agressão física, ocasionada por algum golpe moral.
O caso entre Datena e Marçal, gerou ainda um apelo que deve render vitimização ao candidato agredido. Atrás nas últimas pesquisas, Marçal, politicamente, creio ter pedido para ser agredido.
Astuto como tem demonstrado ser, Marçal sabe que a reação de Datena pode lhe impulsionar à frente na disputada corrida eleitoral. Não é à toa que já na manhã desta segunda-feira, 16 de setembro, ele publicou uma foto em suas redes sociais acamado no hospital.
No entanto, há um amplo leque de diferença entre a facada que Bolsonaro sofreu naquela disputa à presidente e a cadeirada. Bolsonaro não pediu – o contrário de Marçal.
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), foi preso durante a segunda fase da Operação Caronte, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac).
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O prefeito foi alvo de um mandado de prisão preventiva e outras nove pessoas também foram detidas durante a manhã desta terça-feira, 03 de setembro.
No último dia 5 de agosto, durante a primeira fase, sete pessoas haviam sido presas, incluindo o ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira. Em nota, a Administração Municipal disse estar “ciente do fato e está reunida para entender melhor o posicionamento”.
O Geac e o Gaeco cumpriram novas ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. Ao todo, foram 10 mandados de prisões preventivas. Após a deflagração da Operação Caronte, no dia 5 de agosto, as investigações foram concluídas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com análise das provas e coleta de 38 depoimentos.
Os envolvidos foram, então, denunciados, no dia 26 de agosto, pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário na cidade de Criciúma.
Primeira fase
Na primeira fase, foram presos sete investigados. Com o cumprimento das prisões no dia de hoje, agora todos os 17 integrantes da organização criminosa encontram-se presos preventivamente. Os presos foram submetidos a exame de corpo de delito e levados para o sistema prisional, onde aguardarão audiência de custódia nos locais onde ocorreram as prisões.
Blog do Bordignon
Em 2004, colou grau em jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina. É editor da edição impressa da Revista Única e, dos portais, www.lerunica.com.br e www.portal49.com.br.