Com o aumento da longevidade, a população idosa cresceu rapidamente, resultando em transformações sociodemográficas em escala global.

Como consequência, a incidência de doenças crônicas neurodegenerativas tem sido marcada fortemente associada ao envelhecimento, tornando-se um desafio significativo para a saúde pública.

A demência é definida como uma síndrome multifatorial caracterizada pelo declínio progressivo da função cognitiva.

No Brasil, a prevalência dessa condição entre idosos variou de 5,1% a 19%, porém, as diferenças nos métodos de avaliação do estado cognitivo podem incluir essa variação.

Esse estado neuronal pode levar a mudanças biológicas no organismo do idoso, incluindo alteração do olfato e do apetite, alteração na percepção da fome, dificuldades na mastigação, entre outras.

Como resultado desses impactos, a dieta pode apresentar deficiências calórico-proteicas, o que influencia o estado nutricional e pode ocasionar perda generalizada de massa muscular e adiposa.

Idosos que sofrem de síndromes demenciais frequentemente necessitam de algum tipo de suporte para manter ou recuperar o peso.

Pesquisas indicam que o monitoramento do estado nutricional (EN) é essencial, pois variações involuntárias de peso podem estar relacionadas tanto aos diferentes estágios da doença quanto aos fatores clínicos do paciente.

Além disso, o aumento das demandas nutricionais e a redução do gasto energético são aspectos importantes a serem considerados na avaliação do estado nutricional.

Pesquisas mostram que idosos com demência tendem a ter sérios problemas nutricionais, que acarretam mais dificuldades tanto nas funções motoras quanto fisiológicas.

Além da demência, as pesquisas mostram que a disfagia também aparece como fator de risco relacionado a desnutrição, devido ao comprometimento importante de funções mastigatórias e de deglutição, contribuindo para a piora do estado nutricional.

Se você tem parentes ou amigos com diagnóstico de demência, procure um nutricionista para que seja feito acompanhamento e eles mantenham seu peso e não sofram com os problemas causados pela negligência nutricional.

Fonte: (Burille; Argenta Kümpel, 2024)

Dr. Tiago Rocha – Biólogo, Ciêntista e Nutricionista.

Uma nova meta-análise publicada em 2023, trouxe descobertas impactantes sobre o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT), consolidando-o como uma das estratégias mais eficazes para melhorar a saúde e o condicionamento físico.

O HIIT como conhecemos é um tipo de exercício que consiste em treinamento aeróbico rápido até a exaustão, com intervalos de descanso (redução da intensidade).

O estudo analisou dados de diversas pesquisas anteriores, comparando os efeitos do HIIT com o exercício aeróbico contínuo de intensidade moderada, e os resultados foram surpreendentes.

Os pesquisadores identificaram que o HIIT promove uma queima calórica mais eficiente em menos tempo, tornando-se uma alternativa viável para quem busca perda de peso.

Além disso, os treinos de alta intensidade aumentam a capacidade cardiorrespiratória e melhoram a sensibilidade à insulina, diminuindo o risco de doenças metabólicas, como diabetes tipo 2.

Outro ponto de destaque foi a manutenção do metabolismo acelerado mesmo após o termo do exercício, o que contribui para um maior gasto energético ao longo do dia.

Os benefícios do HIIT também se estendem ao fortalecimento muscular e à melhora da resistência física, fatores essenciais para a longevidade e qualidade de vida.

O estudo ressalta que, apesar das vantagens, esse tipo de treinamento exige preparação e supervisão, especialmente para iniciantes, devido à sua alta intensidade.

Os resultados reforçam que o HIIT não fornece apenas eficiência no tempo de treino, mas também traz resultados positivos na saúde geral, tornando-se uma excelente opção para diferentes perfis de praticantes.

*Referência: HENRIQUE, G. et al., 2023.

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