Operação Fake Agents III apura desvio milionário em contas do FGTS de nomes como Paolo Guerrero, Gabriel Jesus e Felipão
Esquema começou com desvio na conta de Paolo Guerrero - Foto: Reprodução A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13), a terceira fase da Operação Fake Agents, que investiga um esquema de fraudes milionárias envolvendo o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de jogadores, ex-jogadores e treinadores de futebol. O grupo criminoso é suspeito de desviar cerca de R$ 7 milhões por meio de documentos falsos e acesso indevido a contas mantidas na Caixa Econômica Federal.
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A ação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, sendo três em residências de funcionários da Caixa, localizadas nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, e um em agência bancária no centro da cidade.
Esquema começou com desvio na conta de Paolo Guerrero
As investigações tiveram início após a descoberta do desvio de R$ 2,2 milhões da conta de FGTS do jogador peruano Paolo Guerrero, campeão mundial pelo Corinthians em 2012. O grupo teria utilizado documentos falsificados para realizar o saque indevido.
Na segunda fase da operação, a PF identificou a advogada Joana Costa Prado de Oliveira como uma das articuladoras do esquema. Segundo os investigadores, ela coordenava os saques fraudulentos com o apoio de funcionários da Caixa. Joana teve sua carteira da OAB suspensa após as descobertas.
Nesta nova fase, a PF mira funcionários da Caixa Econômica Federal suspeitos de facilitar as transações ilegais dentro das agências. As fraudes teriam ocorrido em diversos pontos do Rio de Janeiro, de forma organizada e recorrente.
Vítimas do esquema
De acordo com informações da CNN Brasil, ao menos 11 atletas e técnicos foram identificados como vítimas ou tiveram indícios de movimentações fraudulentas em suas contas:
Paolo Guerrero
Gabriel Jesus
Luiz Felipe Scolari (Felipão)
Paulo Roberto Falcão
Oswaldo de Oliveira
Ramires Santos do Nascimento
Christian Chagas Tarouco (Titi)
Alejandro César Donati
Raniel Santana de Vasconcelos
Christian Cueva Bravo
João Robin Rojas Mendoza
Os envolvidos podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa. A Polícia Federal segue investigando a extensão das fraudes e outros possíveis beneficiários do esquema.