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Reconstrução no Rio Grande do Sul avança lentamente um ano após as enchentes

Um ano depois do maior desastre climático do estado, cicatrizes ainda marcam cidades e moradores seguem enfrentando desafios para reerguer suas vidas

Por Redação
28/04/2025 - 10h27
Desastre atingiu 478 municípios e 96% do território estadual - Foto: Mauricio Tonetto

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul no ano passado deixaram marcas profundas e visíveis na vida de milhares de moradores.

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O desastre, que atingiu 478 municípios e 96% do território estadual, provocou 184 mortes, 25 desaparecimentos e a destruição de milhares de casas e estruturas essenciais.

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Em cidades como Roca Sales, no Vale do Taquari, a reconstrução caminha lentamente. No auge da tragédia, moradores como Maurício enfrentaram jornadas de até 10 horas a pé em busca de socorro. A cidade, que lamentou a perda de 17 vidas, celebra conquistas recentes como a reconstrução do posto de saúde e melhorias nos acessos viários.

No entanto, cerca de 150 famílias ainda aguardam novas moradias, dependentes de acordos entre a prefeitura e os governos estadual e federal.

Outras localidades também enfrentam grandes desafios. Em Muçum, onde 80% da área urbana foi submersa, muitos ainda vivem em áreas de risco. Em Sinimbu, a destruição de nove pontes e sérios danos estruturais atrasam a recuperação.

Já em Lajeado, apesar de ter sofrido danos menores, o tráfego normalizou-se apenas recentemente, enquanto a construção de 600 novas casas continua em andamento. Huber, morador local, relembra as dificuldades enfrentadas: “As botas colavam no barro, era preciso puxá-las com as mãos para conseguir seguir andando.”

Além das perdas materiais, o impacto emocional é severo. Dona Rosane, de Muçum, relata sofrer crises de ansiedade desde a enchente: “Até para dormir agora eu tenho que tomar remédios.”

O desafio é imenso. Mais de 2.400 casas foram destruídas e cerca de 81 mil pessoas ficaram desabrigadas em todo o estado. Atualmente, mais de 8 mil famílias vivem com auxílio aluguel ou em moradias temporárias.

As cicatrizes da tragédia revelam a resiliência de um povo que, mesmo diante de tanta dor, segue lutando todos os dias para reconstruir não apenas suas casas, mas também suas esperanças.

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