Congresso aprova Orçamento de 2026 com cortes de R$ 1 bilhão em programas sociais

O Congresso Nacional aprovou, na sexta-feira, 19 de dezembro, o Orçamento da União para 2026, que prevê um superávit de R$ 34,5 bilhões. O texto aprovado também destina R$ 61 bilhões para emendas parlamentares, valor considerado elevado em comparação aos recursos reservados para áreas sociais.

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Para viabilizar o equilíbrio das contas públicas e a ampliação das emendas, o orçamento prevê cortes em diversos programas sociais, educacionais e de assistência. Entre os mais afetados estão o Farmácia Popular, o Pé-de-Meia e o Auxílio Gás, que juntos somam uma redução de cerca de R$ 1 bilhão.

O programa Farmácia Popular, que garante acesso a medicamentos gratuitos ou com desconto para a população de baixa renda, terá um corte de R$ 500 milhões. A redução ocorre em um contexto de aumento nos preços dos medicamentos, o que pode impactar diretamente famílias em situação de vulnerabilidade.

Na área da educação, o programa Pé-de-Meia, voltado a estudantes que concluem o ensino médio, também sofrerá um corte de R$ 500 milhões. Além disso, as bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundamentais para a formação de professores e pesquisadores, terão redução de R$ 300 milhões.

Outro programa atingido é o Auxílio Gás, que terá diminuição de R$ 400 milhões em seu orçamento. Benefícios obrigatórios, como seguro-desemprego e abono salarial, também passaram por ajustes que, somados, chegam a aproximadamente R$ 100 milhões, segundo apuração da CNN.

Enquanto isso, os recursos destinados às emendas parlamentares e ao fundo eleitoral foram ampliados, em um cenário que antecede o próximo ciclo eleitoral. Analistas apontam que os cortes distribuídos em diferentes programas, embora individualmente pareçam menores, resultam em um montante significativo, permitindo o aumento de verbas destinadas ao Legislativo e ao financiamento de campanhas.