Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ex-presidente cumprirá pena de quase 9 anos em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica
Ele terá que usar tornozeleira eletrônica e só poderá receber visitas de seus advogados - Foto: Reprodução O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello deixou, na noite da última quinta-feira, 1º de maio, o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).
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A saída foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que concedeu o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa do político. A decisão teve parecer favorável do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Collor, de 75 anos, alegou problemas de saúde crônicos, como apneia do sono, doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar, além da idade avançada, como justificativas para o pedido. Com a decisão, ele passará a cumprir a pena de 8 anos e 10 meses em regime domiciliar, utilizando tornozeleira eletrônica e com visitas restritas aos seus advogados.
O ex-presidente foi condenado pelo STF em maio de 2023 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o processo, iniciado no âmbito da Operação Lava Jato, Collor, enquanto dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propina relacionada a contratos da BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras, entre os anos de 2010 e 2014.
Desde então, a defesa recorreu da sentença, mas os recursos foram rejeitados pela Corte. Em 24 de abril deste ano, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata do ex-presidente, após a rejeição de um novo recurso. Collor foi preso no dia seguinte, em Maceió, enquanto, segundo seus advogados, seguia para Brasília para se apresentar voluntariamente.
Agora em prisão domiciliar, Fernando Collor segue cumprindo pena imposta pelo Supremo, sob monitoramento eletrônico e restrições impostas pela Justiça.
