A nova empresa está sediada em São João do Oeste
O grupo de secretários municipais de agricultura da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc) esteve reunido na semana passada em Chapecó. A operação de uma nova empresa de compostagem de animais de produção mortos foi a principal discussão.
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Uma das companhias que prestava este serviço, localizada em Seara, encerrou suas atividades por motivos financeiros. A nova empresa está sediada em São João do Oeste e tem como objetivo atender a região Oeste de Santa Catarina.
A atividade tem o respaldo da Cidasc, que concedeu o credenciamento para esta empresa e para os veículos que ela usará para recolher os animais mortos nas propriedades rurais, o que a credencia para entrar em funcionamento.
A separação adequada das carcaças bovinas requer a remoção prévia do material de risco específico (MRE) para a encefalopatia espongiforme bovina, também conhecida como mal da vaca louca. Antes da compostagem dessas carcaças, é imprescindível remover tonsilas, íleo distal, olhos, encéfalo e medula espinhal dos bovinos e bubalinos, evitando a contaminação de rebanhos por essa enfermidade.
A regulamentação do recolhimento, transporte, processamento e destinação de animais mortos e resíduos da pecuária foi estabelecida na Instrução Normativa no 48/2019, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) Dentre as exigências, está a de que o veículo usado para o recolhimento das carcaças e resíduos seja identificado, com a vedação adequada para impedir o derramamento de líquidos e seja exclusivo para esta atividade.
Se houver a suspeita de que o animal morreu por conta de uma doença de notificação obrigatória, o produtor deve avisar o Serviço Veterinário Oficial (SVO), que em Santa Catarina é a Cidasc. Somente após a avaliação do médico veterinário da Cidasc, é possível autorizar o envio da carcaça para compostagem. É necessário registrar informações como a propriedade de origem, data, causa da morte e quantidade de animais coletados pelo serviço de compostagem. Esse tipo de rastreabilidade dá consistência aos trabalhos de vigilância epidemiológica desenvolvidos pela Cidasc.