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Facções de SC migram para o crime digital e ampliam estrutura de golpes cibernéticos

Promotor do CyberGaeco alerta para nova fase do crime organizado,

Por Redação, Portal 49
02/07/2025 - 08h34
O recado das autoridades é claro: o crime digital está longe de ser um “território sem lei” - Foto: Reprodução

As facções criminosas de Santa Catarina estão ampliando seu campo de atuação e encontrando terreno fértil no ambiente digital. Além do tráfico de drogas e crimes violentos, esses grupos têm migrado para o universo dos golpes eletrônicos, criando estruturas sofisticadas que desafiam a atuação das forças de segurança.

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Um dos casos mais recentes é o da Operação Override, que revelou um esquema de manipulação de preços no Mercado Livre, causando mais de R$ 1 milhão em prejuízos. Integrantes de facções como o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) são suspeitos de fraudar contas de vendedores, baixar drasticamente os preços dos produtos, comprá-los com perfis falsos e revendê-los com lucro.

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Segundo o promotor Eliatar Silva Júnior, coordenador do CyberGaeco, a mudança ocorre por diversos motivos: “Esses crimes trazem retorno financeiro elevado e uma falsa sensação de impunidade. As facções perceberam que o ambiente digital oferece vantagens logísticas e estratégicas”.

Os golpes mais comuns incluem fraudes com Pix, falsos leilões, perfis clonados, aluguel de temporada inexistente e acessos remotos a contas bancárias, conhecidos como “mão fantasma”. O promotor destaca que as facções já operam com divisão de tarefas, como em suas atividades tradicionais, com núcleos operacionais, técnicos, de captação de vítimas e de lavagem de dinheiro.

“A descentralização e a complexidade dos crimes digitais dificultam o rastreamento. Por isso, a atuação precisa ser especializada, com equipes técnicas e constante atualização”, explica Silva Júnior.

O CyberGaeco atua em parceria com o Ministério da Justiça e outras plataformas digitais para ampliar a investigação e a responsabilização. Além disso, o Ministério Público de SC lançou o Gefac (Grupo Estadual de Apoio ao Enfrentamento a Facções Criminosas), reforçando a ofensiva contra esse novo perfil de criminalidade.

O recado das autoridades é claro: o crime digital está longe de ser um “território sem lei”. As instituições estão se modernizando e unindo esforços para enfrentar a evolução do crime organizado no Brasil — agora, também por trás de telas e algoritmos.

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