Iniciativa do Governo do Estado destrava investimentos, acelera processos e adicionará 144 MW de potência ao sistema elétrico catarinense
Segundo o governo estadual, o programa tem garantido viabilidade aos investimentos privados - Foto: Reprodução O Programa Energia Boa, criado pelo Governo de Santa Catarina para impulsionar o setor elétrico estadual, segue avançando e já conta com 21 hidrelétricas em construção. As novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) estão distribuídas pelo Planalto Norte, Planalto Serrano, Meio-Oeste e Oeste, e juntas devem adicionar 144 MegaWatts ao sistema elétrico catarinense — energia suficiente para abastecer mais de 200 mil unidades consumidoras.
:: Quer receber gratuitamente notícias por WhatsApp? Acesse aqui
Segundo o governo estadual, o programa tem garantido viabilidade aos investimentos privados, reduzindo entraves burocráticos e acelerando a análise de projetos.
“O Programa Energia Boa é inédito no Brasil e está transformando o setor energético catarinense”, destacou o governador Jorginho Mello. “Santa Catarina tem pressa e o Governo também”, completou.
Além das obras em andamento, quatro hidrelétricas cadastradas no programa foram concluídas em 2025: as PCHs Rodeio (Benedito Novo) e Boa Vista (Lages), e as CGHs Hopen (Lages) e Treze Tílias (Treze Tílias). Juntas, elas acrescentaram 18,2 MW ao sistema.
178 projetos cadastrados no programa
Lançado em 2024, o Energia Boa já soma 178 projetos cadastrados, a maior parte voltada à geração hídrica, mas com presença também de iniciativas solares, eólicas e de biomassa.
Desse total, 70 projetos já receberam suporte direto do programa, garantindo avanço de etapas e agilidade no processo.
“Antes, muitos projetos demoravam anos para sair do papel. Agora, com o diálogo entre órgãos ambientais, de fiscalização e fundiários, estamos destravando investimentos importantes”, explicou o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck.
SC lidera leilão nacional após avanço do Energia Boa
O programa também contribuiu para que Santa Catarina alcançasse o 1º lugar no último leilão de energia nova da Aneel, respondendo por 40% dos empreendimentos habilitados.
“Esse é um marco histórico para o estado”, ressaltou Dreveck. “Além de dar segurança ao empreendedor, garante geração de empregos e expansão sustentável”.
Investimento em novas subestações e transmissão
Para viabilizar a conexão das novas hidrelétricas à rede nacional, o programa prevê R$ 572 milhões em investimentos por meio da Celesc. Estão planejadas seis novas subestações e mais de 200 km de linhas de transmissão no Planalto Serrano.
A estimativa é que o reforço na infraestrutura permita R$ 3 bilhões em investimentos privados e gere cerca de 19 mil empregos. Entre os projetos contemplados está a PCH Campo Belo, em Campo Belo do Sul, com investimento superior a R$ 100 milhões e potência estimada em 12 MW.