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Santa Catarina revela sangue raríssimo; só quase dez pessoas têm no Brasil

Em Santa Catarina, um caso clínico recente chamou atenção do Hemosc

Por Redação, Portal 49
22/09/2025 - 13h49
Paciente com tipo VEL não resistiu a uma cirurgia - Foto: Divulgação

Para a maioria das pessoas, receber uma transfusão compatível é um procedimento simples. Mas quem possui sangue raríssimo enfrenta uma realidade diferente: o tempo e a disponibilidade podem ser literalmente uma questão de vida ou morte.

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Casos como o Bombay, o Rh nulo e o sistema VEL revelam como a diversidade genética da população brasileira ainda guarda enigmas e por que os bancos de sangue precisam estar cada vez mais preparados.

Em Santa Catarina, um caso clínico recente chamou atenção do Hemosc: um paciente que carregava o antígeno do sistema VEL, um dos mais raros do mundo.

Apenas três doadores compatíveis foram localizados em todo o país. “Esse paciente, por exemplo, não sobreviveu a uma cirurgia cardíaca, pois não foi possível reunir sangue compatível a tempo”, explicou o diretor técnico da instituição, Guilherme Genovez.

Um estudo identificou mais seis pessoas com sangue VEL no estado, elevando para apenas 11 os doadores conhecidos no Brasil. A maioria pertence a uma mesma família, com possível origem libanesa, em Jaraguá do Sul e Curitiba.

Segundo o diretor, outro sangue raríssimo é o Bombay, descoberto na Índia. Ele se parece com o O negativo, mas na prática não aceita transfusões desse tipo. Isso porque quem possui esse sangue não apresenta sequer a proteína H, essencial para formar outros antígenos.

“Quando testado nos exames de rotina, o resultado pode ser um falso O negativo, mas em uma transfusão, a rejeição é certa”, disse Genovez.

Estima-se que existam menos de mil pessoas com sangue Bombay em todo o mundo.

O “sangue dourado”: Rh nulo

Conforme Genovez, ainda mais raro é o chamado Rh nulo, apelidado de “sangue dourado”. Pessoas com esse tipo não possuem nenhum dos antígenos do sistema Rh.

Isso significa que só podem receber transfusões de outro Rh nulo, o que restringe drasticamente as chances de encontrar compatibilidade.

Há registros de pacientes no mundo que só conseguiram transfusão segura após localizar doadores em outros continentes. No Brasil, os casos são quase inexistentes.

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