Ainda no início desta semana, apreciamos o quadro presidencial no contexto dos partidos conservadores. O articulista afirmou que Tarcísio de Freitas é um nome natural diante da condição de inelegibilidade de Jair Bolsonaro.
Injusta, é claro, mas que está posta e da qual não haverá reversão. Ante tal circunstância, qual seria a forma de manter unida a direita? Basta Bolsonaro declarar apoio ao governador de São Paulo. Simples assim.
Não só pela sua performance como homem público, testado no Ministério da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro, com grande desempenho, mas também agora como governador do maior estado da federação.
O que falta é Bolsonaro tirar da cabeça a ideia maluca de lançar um representante familiar à presidência. Não importa, se for Michelle ou um de seus filhos. Ele precisa cravar em torno do nome de Tarcísio.
Sul e Sudeste
A partir daí, automaticamente os outros três nomes especulados e colocados como alternativas viriam para uma composição. Estamos nos referindo aos governadores reeleitos de Goiás, do União Brasil, Ronaldo Caiado; do Paraná, Ratinho Júnior, PSD; e finalmente Romeu Zema, de Minas Gerais; do Novo.
Composição
A tendência seria o Caiado ou Zema como vice. Até porque Ratinho ainda é muito jovem e tem uma situação excepcional para concorrer ao Senado. Zema, pelo seu perfil empresarial, não deseja uma posição no Legislativo.
Experiente
E Caiado já foi senador, além de cinco vezes deputado federal. Logo após essa apreciação neste espaço, chega a notícia, de Brasília, na voz de Ciro Nogueira, senador do Piauí que comanda o PP no Brasil, de que ministros do próprio governo Lula já admitem, nos bastidores, que, se o candidato vier a ser Tarcísio de Freitas, o atual inquilino do Palácio Planalto não vai à reeleição.
Melhor nome
Por aquilo que temos dito aqui e reiterado inúmeras vezes: Tarcísio tem perspectiva de crescimento porque formula com competência políticas públicas e as sustenta com uma desenvoltura verbal invejável.
Colosso
E outra, que já reiteramos aqui também. São Paulo representa 23% do eleitorado. Isso representa quase um quarto dos votantes brasileiros. Ou seja, é um eleitorado estratégico, aliás, base original do próprio PT e do próprio Lula.
Receio
Então, se Bolsonaro tiver juízo, fecha com Tarcísio e a direita já vai fechada no primeiro turno e talvez obrigue o PT a buscar uma solução alternativa, porque Lula não vai querer perder a eleição no encerramento da sua vida pública.
Derrotas e vitórias
A deidade vermelha já havia perdido três pleitos. Em 1989, para Collor de Mello, em 1994 e 1998 para Fernando Henrique Cardoso. Depois ganhou duas, elegeu sua pupila Dilma Rousseff em outras duas e “ganhou” agora.
Sem chances
Vai coroar, entre aspas, a sua carreira pública com uma derrota? Daí teria que empurrar dois de quatro ministros especulados como alternativa para compor a chapa presidencial. São eles: Fernando Haddad, Rui Costa, Camilo Santana e Gleisi Hoffmann.
Blog do Prisco
Começou no jornalismo em 1980, no jornal O Estado. Atuou em diversos veículos de comunicação: repórter no Jornal de Santa Catarina, colunista no Jornal A Notícia e comentarista na RBS TV, TV RECORD, Itapema FM, CBN Diário e Radio Eldorado. Comenta diariamente em algumas rádios e publica sua coluna do dia em alguns jornais do Estado. Estreou em março de 2015, nas redes sociais e está no ar com o Blog do Prisco.
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